Justiça aceita queixa-crime de Dino contra Monark por difamação e injúria

A Justiça Federal de São Paulo aceitou a queixa-crime apresentada por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, contra Bruno Monteiro Aiub, apresentador e podcaster conhecido como Monark.

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Durante uma live do programa Monark Talks, na plataforma Rumble, em junho deste ano, o apresentador afirmou: "Esse 'gordola' quer te escravizar". Ele também chama o ministro de "filho da put*".

A juíza federal Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, entendeu que as alegações da defesa do ministro são válidas. Os advogados acusam o podcaster de cometer dois crimes contra a honra: difamação e injúria.

A magistrada reconheceu a competência federal, já que as falas de Monark tinham o objetivo de ofender Dino enquanto ministro e não somente em sua vida privada, e decidiu receber a queixa por ela estar baseada em provas - a defesa do ex-governador do Maranhão anexou o vídeo ao processo.

"A acusação está baseada em provas da existência de fato que, em tese, caracteriza infração penal e indícios suficientes de autoria delitiva. Assim reconheço a justa causa da ação penal", diz trecho da decisão.

Antes, uma audiência para tentativa de conciliação foi realizada, no dia 1° de outubro, mas os dois não chegaram a um acordo.

O que Monark disse? "Esse 'gordola' quer te escravizar. Você vai ser escravizado por um 'gordola', mano. Esse cara sozinho, você põe ele na rua, ele não dura um segundo. Não consegue nem correr 100 metros. Põe ele na floresta ali para ver se ele sobrevive com os leões. E você vai deixar esse cara, que na vida real é um bost*, você vai deixar esse cara ser o seu mestre? Você vai ser o escravinho dele, é isso que você quer? É por isso que seus pais lutaram para te dar educação, casa, comida. Eles te criaram, eles se sacrificaram para você servir a esse filho da put*? Não é o destino que eu quero para mim não".

Flávio Dino respondeu: "Raramente respondo a agressores e criminosos aqui. Estou sempre muito ocupado concretizando propostas e medidas, todos os dias, como presto contas nas redes sociais. Só não enxerga quem não quer. Quanto aos criminosos que ofendem a minha honra, confio no Poder Judiciário, a quem entrego tais casos. E não se trata de 'ameaça'. É um dever e um direito".