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Justiça

Bitucas de cigarro e meias: com material genético, PGR acusa mais 31 em atos do 8/1

Conforme mostrou SBT News, peritos utilizaram inteligência artificial e cruzaram DNA para descobrir autores de vandalismo

Imagem da noticia Bitucas de cigarro e meias: com material genético, PGR acusa mais 31 em atos do 8/1
8 de janeiro
• Atualizado em
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O uso de bitucas de cigarros, meias e até batom. Restos de materiais genéticos encontrados nas sedes do Congresso, do Supremo e do Planalto deram informações necessárias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusar mais 31 pessoas por participação nos atos de 8 de janeiro. Eles vão responder por vandalismo, ataques ao patrimônio público e outros tipos de crimes.

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As denúncias foram encaminhadas nesta 2ª feira (11.set) ao Supremo Tribunal Federal (STF) - que inicia nesta semana o julgamento de participantes dos atos golpistas. A forma de operação de peritos, no entanto, foi revelada em reportagens do SBT News entre 19 de agosto e 3 de setembro.

Conforme as reportagens, a Polícia Federal recorreu ao uso da inteligência artificial, em softwares que cruzaram imagens e vestígios de DNA. A primeira ação da PF foi uma remontagem virtual de 360° de todo cenário da Praça dos Três Poderes, incluindo a arquitetura interna dos prédios. 

Na "maquete computadorizada" feita a partir de imagens captadas no dia 8 de janeiro, inclusive feitas por drones, é possível, por exemplo, fazer um tour a partir dos vestígios da barbárie do gramado do Congresso até a tela As mulatas (1962), de Di Cavalcanti, disposta no terceiro andar do Palácio do Planalto. A obra, avaliada em R$ 8 milhões, foi golpeada 5 vezes.

Meias, batom e toalha

De acordo com a PGR, as novas acusações tiveram base em objetos pessoais, como  meias, batom, camisas e toalha de rosto a itens como máscaras de proteção facial, bandeiras, barras de metal, garrafas de água, latas de refrigerantes, bitucas de cigarro e restos de sangue. Os itens foram recolhidos por agentes de segurança nos prédios públicos.

Após o confronto o uso das informações, foram constatadas 47 coincidências entre os perfis obtidos com análise dos vestígios e os das pessoas já identificadas criminalmente por envolvimento nos atos. A PGR divulgou que os novos denunciados devem responder por cinco crimes: 

  • associação criminosa armada, 
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • golpe de Estado 
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima deterioração de patrimônio tombado.

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