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Justiça

Justiça mantém preso casal dono de escola denunciada por maus-tratos e tortura

Eduardo Mori Kawano e Andreia Carvalho Alves passaram por audiência de custódia nesta 4ª feira

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Donos de escola no Cambuci, acusados de maus-tratos e tortura
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O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a prisão temporária, de 30 dias, de Eduardo Mori Kawano e Andreia Carvalho Alves. Acusados de tortura e maus-tratos contra alunos da escola Pequiá, da qual são donos no bairro do Cambuci, o casal passou por audiência de custódia nesta 4ª feira (28.jun).

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Eles se entregaram para a polícia na 3ª feira (27.jun) e devem ter a prisão convertida em preventiva no máximo em duas semanas, de acordo com o delegado Fábio Daré. Andrea permanecerá detida na delegacia, onde há uma carceragem feminina. Já Eduardo será transferido para outro distrito policial. Os investigadores agora têm 30 dias para ouvir o depoimento dos dois.

Até o momento, ao menos 12 pais e mães de alunos da escola, além de professores, já prestaram depoimento à Polícia Civil. A investigação foi aberta após uma funcionária da instituição gravar cenas de maus-tratos e humilhação contra as crianças, dentro da creche.

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Em uma das imagens, um menino aparece amarrado, pelo uniforme da escola, em um poste. Já em um vídeo, uma menina de 1 ano e 6 meses é vista sendo obrigada a guardar os brinquedos. Chorando, a bebê é colocada de joelhos, em frente à caixa onde os objetos deveriam ser colocados. "Pode ficar do jeito que eu te coloquei, até guardar, pode olhar para quem você quiser, ninguém vai te socorrer, guarda!", grita a dona da escola na gravação.

Há ainda um registro de um menino sendo humilhado, em frente a outros alunos. Na gravação, uma professora questiona: "E hoje você não fez xixi na roupa por qual motivo? Vou começar a conversar com você e vou gravar as suas respostas. Quando a sua mãe, seu pai, ou sei lá quem vir te buscar, eu vou pegar e colocar aqui a resposta do seu filho para mim. Assim eu provo que louco aqui é você, não eu".

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