Corregedor do TSE quer depoimento de Anderson Torres sobre minuta de golpe
Benedito Gonçalves pediu autorização para ex-ministro ser ouvido em juízo no dia 16 de março
![Corregedor do TSE quer depoimento de Anderson Torres sobre minuta de golpe](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FAnderson_Torres_fala_ao_microfone_Flickr_01b27b56e3.jpg&w=1920&q=90)
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes autorização para ser colhido depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Jair Bolsonaro (PL) e Walter Braga Netto (PL).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na decisão, desta 5ª feira (9.mar), em que determina a expedição de ofício a Moraes com o pedido, Benedito Gonçalves designa o dia 16 de março, às 10h, para realização da audiência de oitiva, no Salão Nobre da Corregedoria-Geral Eleitoral. O magistrado quer que Torres fale, na ocasião, sobre sua contribuição e participação na live, de 29 de julho de 2021, na qual o então presidente Jair Bolsonaro disse haver indícios de fraudes no sistema eletrônico de votação; seu eventual envolvimento na reunião com embaixadores, de 18 de julho de 2022, na qual Bolsonaro voltou a usar informações já desmentidas para lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro; e sobre circunstâncias relativas ao minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro.
Ainda na decisão, determina a intimação de Eduardo Gomes da Silva, Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro para também prestarem depoimento em juízo no dia 16 de março, às 10h, no Salão Nobre da Corregedoria-Geral Eleitoral. O primeiro é coronel reformado, e Gonçalves quer que ele fale, na audiência de oitiva, sobre sua contribuição e participação na live de 2021. Os outros dois são servidores da Polícia Federal (PF), e o magistrado quer que tratem sobre as circunstâncias nas quais foram envolvidos na live.
"No caso de Anderson Gustavo Torres, atualmente em prisão provisória por determinação do Min. Alexandre de Moraes, Relator do Inquérito nº 4879/DF, o depoimento deve ser precedido da autorização de Sua Excelência, e ser realizado por sistema de videoconferência, no local em que se encontra detido", ressalta.
Outra ordem do corregedor-geral da Justiça Eleitoral na decisão é para que seja expedido ofício ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, requisitando a ele, no prazo de três dias, informações consolidadas sobre a participação de órgãos do Governo Federal na preparação, realização e difusão do encontro realizado no Palácio do Planalto em 18 de julho do último ano.
Veja a decisão na íntegra: