Moraes determina desbloqueio de contas de empresários bolsonaristas
Bloqueio havia sido feito para evitar financiamento de atos antidemocráticos no 7 de Setembro
Bruna Yamaguti
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta 5ª feira (15.set), o desbloqueio das contas bancárias dos empresários bolsonaristas investigados por defenderem um suposto golpe de Estado em trocas de mensagens.
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O pedido de bloqueio das contas havia sido feito pelo próprio ministro há duas semanas. Para o magistrado, haveria "fortes indícios" de que os empresários poderiam tentar fornecer recursos para financiar atos antidemocráticos no último feriado nacional de Independência do Brasil.
Além das contas bloqueadas, os suspeitos também foram alvo de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário. Na decisão desta 5ª feira, Moraes justificou o desbloqueio afirmando que, em razão do 7 de Setembro já ter passado, "não configura-se mais necessária a manutenção do bloqueio dos ativos financeiros das pessoas nominadas".
A investigação teve início após os empresários compartilharam mensagens pregando a ruptura democrática em um grupo de conversas virtuais. Eles defenderam um golpe se Bolsonaro perdesse as eleições para o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT).
São alvos os empresários Luciano Hang, da Havan; Meyer Joseph Nigri, dono da Tecnisa; Afrânio Barreira Filho, do Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da rede Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping; Luiz André Tissot, do Grupo Sierra; e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.
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