Defesa de Milton Ribeiro entra com pedido de habeas corpus contra prisão
Ex-ministro da Educação foi detido por suspeita de crimes de tráfico de influência e corrupção
A defesa do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, entrou com um pedido de habeas corpus e um mandado de segurança contra o pedido de prisão preventiva expedido pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. A ação foi apresentada ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) na noite desta 4ª feira (22.jun).
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Mais cedo, a defesa de Milton Ribeiro classificou a prisão como "absurda e covarde". O ex-ministro foi detido em Santos, litoral de São Paulo, e vai passar por audiência de custódia na tarde de 5ª feira (23.jun).
Milton Ribeiro é suspeito de crimes de tráfico de influência e corrupção, na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), intermediada por um "gabinete paralelo", que favorecia pastores evangélicos, como Arilton Moura e Gilmar Santos, que também foram detidos.
Os dois pastores tinham livre circulação no Palácio do Planalto. De 2019 até fevereiro deste ano, Gilmar dos Santos fez 10 visitas. Arilton Moura esteve 35 vezes no Palácio.
As investigações foram abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 24 de março, quando Ribeiro ainda era ministro da Educação e tinha foro privilegiado. Em uma gravação, ele afirma que a prioridade do Ministério seria atender municípios em necessidade e a todos que são amigos do pastor Gilmar. Após a revelação, Milton Ribeiro deixou o cargo no governo e a ministra do STF, Cármen Lúcia, remeteu o inquérito para primeira instância da Justiça.
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