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Justiça

MPF investiga iFood por suposta campanha contra entregadores

Aplicativo é acusado de promover ações contra melhores condições de trabalho

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Entregadores do Ifood protestando contra as condições de trabalho
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O aplicativo iFood, empresa brasileira do ramo de entrega de comida na internet, e duas agências de comunicação, são alvos do Ministério Público Federal (MPF). Segundo reportagem da Agência Pública, o aplicativo de entregas contratou as duas agências para fazerem uma campanha de marketing contra a reivindicação de entregadores por melhores condições de trabalho.

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De acordo com a reportagem, a campanha foi iniciada em julho de 2020 e se estendeu até novembro de 2021. Fanpages e perfis falsos foram criados no Facebook e Twitter para disseminação de conteúdos supostamente criados e postados pelos próprios entregadores, no entanto eles eram feitos pelos publicitários a pedido do iFood. Os responsáveis pela criação das postagens faziam questão de reproduzir alguns erros gramaticais e algumas gírias para que ninguém percebesse que não se tratava dos motofretistas. 

O intuito das postagens era deslegitimar as reivindicações de melhores condições de trabalho e remuneração dos entregadores, direcionando a opinião pública a favor dos interesses da empresa de entrega de comida.

Os procuradores do MPF, por meio de despacho, pedem que o iFood preste esclarecimentos sobre a veracidade das informações da matéria "A máquina oculta de propaganda do Ifood", da Agência Pública, em até 15 dias. No mesmo prazo, as agências envolvidas; Benjamim Comunicação e Social QI, devem apresentar cópias do contrato e dos documentos firmados com o aplicativo e foram orientadas a não excluírem ou alterarem supostos perfis utilizados nas ações de marketing para que a investigação não seja prejudicada.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Câmara de Vereadores de São Paulo apuram, por meio da CPI dos aplicativos, se eventuais violações dos direitos trabalhistas foram envolvidas na campanha.

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