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Justiça

MPF investiga atuação do governo Bolsonaro na área ambiental

São 3 inquéritos: divergências de dados, militarização de cargos e aumento de agrotóxicos aprovados 

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floresta queimada
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A Procuradoria da República do Distrito Federal (MPF) definiu, nesta 4ª feira (4.ago), a abertura de três inquéritos civis para apurar atos do governo Bolsonaro na área ambiental. A militarização de cargos da chefia no IBAMA e mudanças de regras do instituto, a divulgação de dados divergentes sobre queimadas no Brasil pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência e o aumento do número de agrotóxicos liberados desde 2019 são os alvos das investigações. 

Os inquéritos vão apurar se os atos realizados pelas autoridades podem ser classificados como improbidade administrativa. Desde o início da gestão do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, policiais militares paulistas foram nomeados para cargos comissionados, diretorias da sede do Ibama e superintendências estaduais. 

Sobre a divulgação de dados divergentes pela Secom da Presidência, em 2020, foi postada uma mensagem no perfil da rede social oficial da pasta que dizia que "mesmo com os focos de incêndio que acometem o pantanal e outros biomas brasileiros, a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos. Dados do 'instituto nacional de pesquisas espaciais, o Inpe,' revelam que 2007 foi o ano em que o Brasil mais sofreu com as queimadas". No entanto, a imagem do post trouxe o levantamento de apenas oito meses do ano de 2020 (janeiro a agosto), sendo que os outros anos da comparação eram com os 12 meses completos. 

E em 2020, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, a liberação de agrotóxicos pelo governo foi a maior nos últimos 20 anos: 493 agrotóxicos foram liberados só no ano passado.  
 

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