Advogado entra com HC para que Pazuello não precise falar a verdade à CPI
Ex-ministro já conseguiu adiar depoimento após alegar ter tido contato com casos positivos de covid
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Um advogado entrou entrou nesta 5ª feira (13.mai) com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello não seja obrigado a dizer a verdade durante depoimento como testemunha à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
A peça ainda não foi distribuída e, portanto, não há relator definido. Todas as pessoas convocadas pela CPI como testemunhas têm o compromisso de dizer a verdade e não podem ficar caladas. Há, ainda, um entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do próprio STF que prevê a obrigatoridade de comparecimento ao colegiado.
O pedido é assinado Rafael Mendes de Castro Alves, que foi constituído advogado do ex-ministro no processo do Ministério Público Federal (MPF) que apura suposta omissão de Pazuello na crise enfrentada pelo Amazonas.
"Nesta linha de pensamento, a CPI intenta demonstrar que agora ex ministro Eduardo Pazuello agiu com negligência, imprudência ou imperícia no exercício de seu cargo público e foi diretamente responsável pelas mortes ocorridas no Brasil decorrentes do novo corona vírus", disse o defensor no habeas corpus.
O SBT apurou que Pazuello pressionava o Planalto para que a Advocacia-Geral da União (AGU) entrasse com o pedido no Supremo, tendo recebido, inclusive, o apoio de alguns ministros. Parlamentares governistas, porém, convenceram Bolsonaro a não comprar a briga do general. Ainda não há informações, porém, se o pedido apresentado nesta 5ª teve a anuência do ex-ministro.
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Pazuello falaria à CPI no último 5 de maio. No entanto, alegou ter tido contato com pessoas diagnosticas com covid-19 e o depoimento foi remarcado para a próxima 4ª feira (19.mai). Em ofício enviado ao colegiado, o ex-ministro sugeria ainda a possibilidade de que sua oitiva fosse realizada em caráter virtual.
O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), decidiu pelo adiamento. Senadores da oposição e independentes ao Palácio do Planalto chegaram a ironizar a justificativa de Pazuello para não comparecer à CPI. Otto Alencar (PSD-BA) disse que o colegiado era "realmente um grande evento", porque fez com que o ex-ministro "finalmente" passasse a defender o isolamento social.
Confira o pedido:
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