Ministros do STF veem trocas na Esplanada com desconfiança
Integrantes do Supremo interpretam movimentação do presidente Bolsonaro como troca para conseguir apoio
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De longe, os ministros do Supremo Tribunal Federal observaram com desconfiança nesta segunda-feira (29.mar) as trocas em comandos de ministérios da Esplanada. Um dos nomes que chamou mais a atenção foi do general que ocupava o ministério da Defesa, Fernando Azevedo. Reservadamente, um integrante da Corte avaliou que Azevedo estava insatisfeito porque não era ouvido e por ter se recusado a politizar as Forças Armadas.
O ministro avalia também que o general também era contra usar nomeações em ministérios para ceder aos interesses do Centrão.
Apesar da saída de Azevedo, a Corte espera que as Forças Armadas sigam com a função prevista na Constituição de ser uma instituição de Estado e não ceda a pressões políticas. Esse integrante da Corte ainda acredita que o Supremo terá uma boa interlocução com o sucessor de Azevedo, o também general Braga Netto, agora ex-ministro da Casa Civil.
Já a saída de José Levi da Advocacia-Geral da União foi vista claramente como uma busca do presidente Jair Bolsonaro para encontrar espaços e alocar aliados e assim ganhar mais apoio político. A Corte não foi consultada sobre a mudança na AGU que é responsável por acionar o STF nos casos envolvendo o governo. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Supremo para barrar medidas restritivas de três estados sem a assinatura da AGU.
Internamente no STF, toda a movimentação política desta segunda do Planalto indica que o governo agora está mais na mão do Centrão. Outro integrante da Corte diz esperar que não haja nada de "extravagante ou excepcional" em todas as mudanças anunciadas pelo presidente Bolsonaro.
O ministro avalia também que o general também era contra usar nomeações em ministérios para ceder aos interesses do Centrão.
Apesar da saída de Azevedo, a Corte espera que as Forças Armadas sigam com a função prevista na Constituição de ser uma instituição de Estado e não ceda a pressões políticas. Esse integrante da Corte ainda acredita que o Supremo terá uma boa interlocução com o sucessor de Azevedo, o também general Braga Netto, agora ex-ministro da Casa Civil.
Já a saída de José Levi da Advocacia-Geral da União foi vista claramente como uma busca do presidente Jair Bolsonaro para encontrar espaços e alocar aliados e assim ganhar mais apoio político. A Corte não foi consultada sobre a mudança na AGU que é responsável por acionar o STF nos casos envolvendo o governo. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Supremo para barrar medidas restritivas de três estados sem a assinatura da AGU.
Internamente no STF, toda a movimentação política desta segunda do Planalto indica que o governo agora está mais na mão do Centrão. Outro integrante da Corte diz esperar que não haja nada de "extravagante ou excepcional" em todas as mudanças anunciadas pelo presidente Bolsonaro.
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