Veja o que motivou Aras a pedir investigação contra ministro da Saúde
Segundo PGR, Pazuello sabia com antecedência do baixo nível de oxigênio em Manaus
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra investigação contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação à conduta do titular da pasta na crise sanitária em Manaus.
O pedido citou grandes quantidades do medicamento Hidroxicloroquina enviadas ao estado e mostrou que Pazuello soube, com antecedência, da possibilidade de colapso nos hospitais do Amazonas.
Antes de fazer a solicitação ao Supremo, Augusto Aras analisou ofícios enviados pelo ministro à Procuradoria-Geral da União (PGR). Os documentos foram encaminhados como uma resposta às análises iniciais feitas pela PGR. Confira os principais tópicos abordados pelo procurador:
O documento pontua que mesmo sabendo do número de casos de Covid-19 em Manaus na semana do Natal, Pazuello enviou representantes da pasta à capital apenas em 3 de janeiro, uma semana depois. Nos ofícios de resposta a este questionamento, o Ministério da Saúde sabia do aumento significativo de infecções no local -- de 88 para 159.
O ofício também aponta que a Saúde sabia da disponibilização de 345 leitos de UTI em outros estados em 6 de janeiro. E mesmo assim, os primeiros deslocamentos, de 10% dos pacientes, ocorreram apenas no dia 15.
O procurador-geral também questionou a grande quantidade do medicamento Hidroxicloroquina entregues ao estado. Em 14 de janeiro, o Amazonas recebeu 120 mil unidades do medicamento para tratamento da Covid-19. A quantidade é pouco inferior ao número de testes de detecção da covid entregues ao estado (146.084).
De acordo com o ofício, o Ministério da Saúde doou mais de 3 milhões de comprimidos do medicamento ao Brasil. Augusto Aras questiona os recursos públicos empregados na entrega dos medicamentos, devido a eficiência não comprovada da medicação.
Confira a íntegra do inquérito:
O pedido citou grandes quantidades do medicamento Hidroxicloroquina enviadas ao estado e mostrou que Pazuello soube, com antecedência, da possibilidade de colapso nos hospitais do Amazonas.
Antes de fazer a solicitação ao Supremo, Augusto Aras analisou ofícios enviados pelo ministro à Procuradoria-Geral da União (PGR). Os documentos foram encaminhados como uma resposta às análises iniciais feitas pela PGR. Confira os principais tópicos abordados pelo procurador:
- Falta de ação em aumento de casos
O documento pontua que mesmo sabendo do número de casos de Covid-19 em Manaus na semana do Natal, Pazuello enviou representantes da pasta à capital apenas em 3 de janeiro, uma semana depois. Nos ofícios de resposta a este questionamento, o Ministério da Saúde sabia do aumento significativo de infecções no local -- de 88 para 159.
- Falta de Oxigênio
- Transferências para UTIs
O ofício também aponta que a Saúde sabia da disponibilização de 345 leitos de UTI em outros estados em 6 de janeiro. E mesmo assim, os primeiros deslocamentos, de 10% dos pacientes, ocorreram apenas no dia 15.
- Tratamento precoce
O procurador-geral também questionou a grande quantidade do medicamento Hidroxicloroquina entregues ao estado. Em 14 de janeiro, o Amazonas recebeu 120 mil unidades do medicamento para tratamento da Covid-19. A quantidade é pouco inferior ao número de testes de detecção da covid entregues ao estado (146.084).
De acordo com o ofício, o Ministério da Saúde doou mais de 3 milhões de comprimidos do medicamento ao Brasil. Augusto Aras questiona os recursos públicos empregados na entrega dos medicamentos, devido a eficiência não comprovada da medicação.
Confira a íntegra do inquérito:
Inquérito Pazuello no STF by Lis Cappi on Scribd
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