Taxista preso injustamente é solto e comemora Natal com a família
Homem permaneceu dois meses e dez dias atrás das grades após transportar, sem saber, quatro suspeitos de roubo
Usando máscara de proteção, taxista fala enquanto está sentado em sofá ao lado de uma árvore de Natal (SBT Jornalismo)
Primeiro Impacto
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Um taxista foi vítima de prisão arbitrária, no Rio de Janeiro, e por pouco não passou o Natal distante da família pela primeira vez. O profissional que agora carrega esse trauma é Marcos Salvador de Lima, marido da técnica de enfermagem Tamires Freitas, e pai de uma menina pequena.
O homem permaneceu dois meses e dez dias atrás das grades após ser detido injustamente por um delegado. Tudo começou quando ele pegou quatro passageiros no Leblon, na zona sul da capital fluminense, em 9 de outubro, que parecia um dia qualquer de trabalho.
Naquela data, policiais encaminharam o taxista para a delegacia da Gávea e, no local, descobriu que as pessoas em seu carro haviam roubado outras duas no bairro. O delegado, então, teria inspecionado o celular do rapaz e, mesmo não encontrando qualquer irregularidade, deu voz de prisão.
"Eu acho que para mim é a pior humilhação do mundo você tentar mostrar para todo mundo que você não fez nada, você não roubou ninguém, você não precisa disso, você só queria trabalhar e você passar numa situação dessa", fala Marcos. O homem relata ainda que, na cadeia, dormia no chão com ratos e baratas e "a comida que chegava lá era uma comida semiestragada".
Tamires foi à Defensoria Pública para conseguir trazer o marido para casa, enquanto a filha do casal escreveu uma carta emocionante ao Papai Noel, desejando passar o Natal com o pai. De volta ao lar, o taxista hoje ainda tenta recuperar documentos, como a carteira de motorista, que foram confiscados pelos policiais.
