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Justiça

Ministros do STF e entidades repudiam assassinato de juíza no Rio

Viviane Arronenzi, de 45 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido na frente das filhas e na véspera do Natal

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O ministro do STF, Gilmar Mendes
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta sexta-feira (25) que o assassinato da juíza Viviane Arronenzi pelo ex-marido, no Rio, é gravíssimo e revela como o feminicídio é "endêmico" no país.

Saiba mais:
"O gravíssimo assassinato da Juíza Viviane Arronemzi mostra que o feminicídio é endêmico no país: não conhece limites de idade, cor ou classe econômica", escreveu Mendes, no Twitter. "O combate a essa forma bárbara de criminalidade quotidiana contra as mulheres deve ser prioritário".

 
Ela foi morta a facadas por Paulo José Arronenzi, de 52 anos, na quarta-feira, véspera de Natal. Paulo foi preso em flagrante pelos policiais, depois de ter matado a juíza na frente de três filhas.

Em nota, o STF e o CNJ lamentaram o feminicídio em um comunicado conjunto. No texto, os órgãos fazem um apelo para a criação de medidas que impeçam crimes tão bárbaros como esse. 

Deve ser redobrada, multiplicada e fortalecida a reflexão sobre quais medidas são necessárias para que essa tragédia não destrua outros lares, não nos envergonhe, não nos faça questionar sobre a efetividade da lei e das ações de enfrentamento à violência contra as mulheres. O esforço integrado entre os Poderes constituídos e a sensibilização da
sociedade civil, no cumprimento das leis e da Constituição da República, com atenção aos tratados internacionais ratificados pelo Brasil, são indispensáveis e urgentes para que uma nova era se inicie e a morte dessa grande juíza, mãe, filha, irmã, amiga, não ocorra em vão", diz o texto. 

"Estamos em sofrimento, estamos em reflexão e nos perguntando o que poderíamos ter feito para que esta brasileira Viviane não fosse morta. Precisamos que esse silêncio se transforme em ações positivas para que nossas mulheres e meninas estejam a salvo, para que nosso país se desenvolva de forma saudável".  

Várias instituições manifestaram pesar pelo crime. Em nota, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ) repudiaram o crime cometido por Paulo José Arronenzi. 

"A AMAERJ está à disposição da família, com quem já estamos em contato. A doutora Viviane Amaral não será esquecida", disse o presidente da AMAERJ, Felipe Gonçalves.  "Posso afiançar: esse crime não ficará impune. O feminicídio tem o repúdio veemente da sociedade brasileira". 

A presidente da AMB, Renata Gil, também repudiou o assassinato. "Nossa solidariedade aos familiares e amigos da juíza estadual Viviane Arronenzi, assassinada brutalmente, supostamente pelo ex-marido. O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater este mal", afirmou. 

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) lamentou, em nota, o assassinato de Viviave. 

Viviane tinha 45 anos e integrava a magistratura do estado do Rio desde 2005. Atualmente, ela trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital. 
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