Justiça
"O fim da Lava Jato não está em questão", diz Alessandro Oliveira
Coordenador da Força-Tarefa de Curitiba conversou com exclusividade com o SBTNews
Karla Lucena
• Atualizado em
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À frente da Lava-Jato de Curitiba há pouco mais de um mês, o procurador Alessandro Oliveira, atual coordenador da força tarefa da Lava-Jato em Curitiba disse na tarde desta quinta-feira (22.out) em entrevista exclusiva ao SBT News que a operação está longe de acabar.
"Esse tipo de discurso, tenha qual propósito tenha, não é um discurso que caminha no sentido de fortalecimento de combate à corrupção. A vigilância da corrupção ela deve ser constante e comitantemente aprimorada. Não é através de discursos formais e fáceis de encerramento que ela poderá, eventualmente, ser encerrar."
O procurador também avalivou a resposta dada ontem pelo novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, de que a apoia a operação, mas que evetuais exageros devem ser corrigidos.
"Ele (Kassio Nunes) adotou uma postura que se esperaria dele. Seja de apoio à concepção da Lava Jato no combate à corrupção. Mas ele não informou, casuísticamente, quais seriam essas mudanças que poderiam ser corrigidas."
Já sobre a nova composição do STF com a chegada de Kássio Marques e também as mudanças já adotadas desde que Luiz Fux assumiu o comando da Corte, como a volta de inquéritos e ações penais para julgamento em plenário e não nas turmas, Alessandro afirma que é preciso cautela na hora de avaliar os impactos das alterações.
"A comunidade jurídica, especialmente os integrantes do MP, têm visto com muita alegria essa mudança de postura. Particularmente, eu estou um pouco cético em relação a essa questão específica, por receio que possamos retornar à situação anterior... que é a eventual morosidade do julgamento."
Os trabalhados dos procuradores da força-tarefa de Curitiba vão até 31 de janeiro de 2021. Após esse período, o coordenador da lava-jato, preferiu não confirmar se irá pedir prorrogação, mas afirmou que espera que o Produrador-Geral da República, Augusto Aras cumpra o compromisso de não acabar com as investigações.
"Independente de qual modelo que vai ser seguido, o que nos interessa é que a lava jato continue com seus pilates fundamentais. A lava jato não acabou. Ela tem muito ainda a aprofundar em termos de elucidação. Tem muito a oferecer à sociedade brasileira em termos de descortinamento de organizações voltadas à corrupção."
A posse de Kássio Nunes como ministro do STF será dia 5 de novembro.
"Esse tipo de discurso, tenha qual propósito tenha, não é um discurso que caminha no sentido de fortalecimento de combate à corrupção. A vigilância da corrupção ela deve ser constante e comitantemente aprimorada. Não é através de discursos formais e fáceis de encerramento que ela poderá, eventualmente, ser encerrar."
O procurador também avalivou a resposta dada ontem pelo novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, de que a apoia a operação, mas que evetuais exageros devem ser corrigidos.
"Ele (Kassio Nunes) adotou uma postura que se esperaria dele. Seja de apoio à concepção da Lava Jato no combate à corrupção. Mas ele não informou, casuísticamente, quais seriam essas mudanças que poderiam ser corrigidas."
Já sobre a nova composição do STF com a chegada de Kássio Marques e também as mudanças já adotadas desde que Luiz Fux assumiu o comando da Corte, como a volta de inquéritos e ações penais para julgamento em plenário e não nas turmas, Alessandro afirma que é preciso cautela na hora de avaliar os impactos das alterações.
"A comunidade jurídica, especialmente os integrantes do MP, têm visto com muita alegria essa mudança de postura. Particularmente, eu estou um pouco cético em relação a essa questão específica, por receio que possamos retornar à situação anterior... que é a eventual morosidade do julgamento."
Os trabalhados dos procuradores da força-tarefa de Curitiba vão até 31 de janeiro de 2021. Após esse período, o coordenador da lava-jato, preferiu não confirmar se irá pedir prorrogação, mas afirmou que espera que o Produrador-Geral da República, Augusto Aras cumpra o compromisso de não acabar com as investigações.
"Independente de qual modelo que vai ser seguido, o que nos interessa é que a lava jato continue com seus pilates fundamentais. A lava jato não acabou. Ela tem muito ainda a aprofundar em termos de elucidação. Tem muito a oferecer à sociedade brasileira em termos de descortinamento de organizações voltadas à corrupção."
A posse de Kássio Nunes como ministro do STF será dia 5 de novembro.
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