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Em nova demonstração de força, Rússia faz testes com mísseis intercontinentais

Sistema 'Yars' é capaz de transportar ogivas nucleares e atingir alvos a até 12 mil quilômetros de distância

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mísseis balísticos intercontinentais
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Em uma nova demonstração de força, a Rússia começou a realizar, nesta 4ª feira (29.mar), exercício militares com mísseis balísticos intercontinentais. O sistema, batizado de 'Yars', é capaz de transportar ogivas nucleares e pode atingir alvos a até 12 mil quilômetros de distância.

As imagens do exercício militar foram divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. Segundo o Kremlin, os testes aconteceram na Sibéria, e envolveram 300 veículos militares e 3 mil soldados.

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O governo de Vladimir Putin informou ainda que a cooperação com os Estados Unidos está cancelada, e que testes, como o desta 4ª, não serão mais informados aos norte-americanos.

Na Ucrânia, o chefe da agência atômica da ONU realizou uma vistoria em Zaporizhzhia, cidade que abriga a maior usina nuclear da Europa. Rafael Grossi fez novos alertas de que a situação do complexo é grave. Kiev e Moscou trocam acusações sobre a responsabilidade dos ataques, que acontecem nas redondezas da usina.

Depois de visitar a região, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concedeu uma entrevista exclusiva à agência de notícias Associated Press. O líder ucraniano declarou que o exército de seu país luta tanto por Bakhmut porque uma vitória russa ali serviria de impulso para os planos do Kremlin. "Venderiam ao mundo, ao Brasil, aos países latinos, a mensagem de que venceram a guerra", argumentou Zelensky.

O presidente ucraniano também falou sobre as eleições de 2024, os EUA, afirmando que o futuro da Ucrânia pode ser definido por quem ocupar a Casa Branca. O Partido Republicano, que faz oposição a Joe Biden, considera que a ajuda financeira ao governo de Kiev pode ser menor.

No campo econômico, as sanções aplicadas contra Moscou acabaram aumentando os lucros dos EUA. O país ultrapassou a Rússia e, agora, é o maior fornecedor de petróleo bruto para a Europa. Por outro lado, a nação comandada por Vladimir Putin conseguiu redirecionar o mercado, aumentando a produção para países parceiros Brics, como a China e a Índia.
 

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