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Juíza manda soltar namorada de líder de plano do PCC contra Moro

Membro de facção criminosa era responsável pelo planejamento do sequestro e execução de autoridades públicas

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Aline Paixão e Janeferson Aparecido
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A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, mandou soltar a namorada de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como "NF". O criminoso era o cabeça do plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC, que pretendia sequestrar e executar autoridades públicas, entre elas, o senador e ex-ministro Sérgio Moro.

O pedido de soltura de Aline Paixão veio um dia depois dela ter sido presa pela Polícia Federal. Segundo as investigações, ela auxiliava o namorado na contabilidade do plano da organização criminosa. Os três filhos pequenos dela foram o motivo da decisão.

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A Justiça Federal determinou que, enquanto Aline estiver fora da cadeia, ela "está proibida de manter contato com os demais investigados e será monitorada por tornozeleira eletrônica". Ela também está proibida de deixar a cidade de Franco da Rocha, em São Paulo, e não pode sair de casa durante a noite.

Gabriela Hardt substituiu Sergio Moro, em 2018, quando o ex-juiz pediu exoneração do cargo e assumiu o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Ela também foi responsável pela sentença que condenou Lula, em 2019, no processo envolvendo o sítio de Atibaia. 

Na última 4ª feira (22.mar), a Operação Sequaz, da Polícia Federal, desmontou um plano de sequestros e assassinatos de autoridades públicas por integrantes dos PCC. O principal alvo da facção criminosa era o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro, do União Brasil.

Nesta 6ª feira (24.mar), o ministro da Secretaria de Comunicação do Governo Lula, Paulo Pimenta, criticou a decisão da juíza Gabriela Hardt de retirar o sigilo da operação da PF. Nas redes sociais, ele afirmou que a magistrada acabou "expondo as investigações e, consequentemente, atrapalhando, já que as apurações seguem em curso e tratam de um tema sensível, que é o das organizações criminosas".

Horas depois, Moro respondeu, dizendo que a retirada do sigilo não prejudicou as investigações porque os bandidos, depois das prisões, já tinham acesso aos autos do processo.

A Justiça Federal do Paraná alegou que a retirada do sigilo foi um pedido do delegado que comanda as investigações, e que existem outras informações que seguem com acesso restrito.

A juíza Gabriela Hardt assumiu este caso, envolvendo o plano da facção criminosa PCC, no lugar de uma outra juíza, Sandra Regina Soares, que saiu de férias. Ela fica à frente do caso até o dia 31 de março.

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