China nega venda de armas à Rússia e garante empenho para paz na Ucrânia
País também alertou Washington sobre "abordagem equivocada" em relação à Pequim
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, negou a venda de armas à Rússia e afirmou que o país está empenhado em garantir a paz na Ucrânia. Em pronunciamento na manhã desta 3ª feira (7.mar), o político questionou as recentes acusações do Ocidente, alegando que, apesar de ter uma boa relação com Moscou, Pequim não está diretamente envolvida no conflito militar.
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"Há quem se comprometa com a paz e há quem ponha lenha na fogueira. Estamos do lado da negociação e da paz", disse Gang. Para justificar a afirmação, o ministro citou o plano chinês publicado no fim de fevereiro. No documento, Pequim cita 12 pontos para o fim da guerra na Ucrânia, os quais estão sendo analisados por Moscou. Kiev, por sua vez, rejeitou o plano, alegando que não há a exigência da retirada das tropas russas do país.
No pronunciamento, Gang ainda direcionou-se aos Estados Unidos, alertando que, caso o Washington não mude a abordagem em relação à China, os países podem acabar desencadeando um conflito inevitável. "Se os Estados Unidos não pisarem no freio, nenhuma quantidade de grades de proteção pode impedir o descarrilamento de um confronto. E quem irá arcar com as consequências catastróficas?", questionou.
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O alerta acontece após o governo norte-americano acusar a China de considerar enviar armas para a Rússia, o que aumentaria os impactos da guerra na Ucrânia. Além disso, ambos os países permanecem em tensão devido à Taiwan - reivindicada por Pequim. Apesar de afirmar evitar possíveis conflitos, Washington continua demonstrando apoio à independência da ilha, que foi separada da China em 1949.