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Disputa por territórios aterroriza moradores da Zona Oeste do Rio

Das 1.025 comunidades da capital, 843 são dominadas por traficantes ou milicianos, aponta relatório

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Criança baleada
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A guerra envolvendo a polícia, traficantes e milicianos, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sempre terá capítulos nos quais geralmente quem paga a conta são os moradores inocentes da região. Nesta 3ª feira (7.dez), no cenário desse confronto, houve intensa troca de tiros, barricadas, protestos e mortes.

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Duas pessoas morreram. O policial militar Angelo Rodrigues de Azevedo, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi alvo de um tiro na cabeça disparado não se sabe se por milicianos ou traficantes. Já o barbeiro Alexandro Silva, morador da comunidade do Bateau Mouche, foi a outra vítima. Ele foi atingido por uma bala perdida.

O sargento Ângelo tinha 48 anos e estava na corporação desde 2000. Ele deixa esposa e três filhos. 

Comunidade vizinha ao Bateau Mouche também teve confronto

Não muito distante do Bateau Mouche, na comunidade do Teixeira, na Taquara, também houve confronto entre traficantes e policiais militares. Uma menina foi atingida por uma bala perdida que pegou de raspão em sua perna. Ela foi socorrida por populares e levada para uma UPA do bairro.

Três suspeitos, que não tiveram a identidade revelada, morreram durante o confronto com a polícia. Isso foi o suficiente para que moradores se revoltassem colocando fogo em um ônibus. Segundo a Polícia Militar, equipes do batalhão de Jacarepaguá estavam em patrulhamento por uma área de mata da comunidade quando foram atacados por um grupo de homens armados, o que gerou um intenso tiroteio.

A guerra na região da Praça Seca envolvendo polícia militar, traficantes e milicianos parece não ter fim. Desde 2019, a polícia tenta conter o embate entre milicianos e traficantes na disputa por territórios. A região, porta de entrada para a Barra da Tijuca, atrai criminosos pelo alto poder aquisitivo do vizinho.

ISP mostra crescimento das milícias

Um relatório feito pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) aponta que, das 1.025 comunidades da capital, 843 estão dominadas por traficantes ou milicianos. 

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