Bombardeios russos atingem mais de 40 cidades na Ucrânia
Ataques ocorreram na madrugada em resposta à destruição da ponte da Crimeia
Camila Stucaluc
Autoridades ucranianas informaram, nesta 5ª feira (13.out), que mais de 40 cidades foram atingidas por bombardeios russos durante a madrugada. Segundo o presidente Volodymyr Zelensky, o último ataque foi registrado em Mykolaiv, no sul do país, onde um prédio de cinco andares foi destruído, deixando ao menos dois mortos.
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"Os socorristas resgataram um garoto de 11 anos que passou seis horas sob os escombros. A criança é atendida. As operações de busca continuam por mais sete pessoas. Todos os serviços estão no local e operacionais", disse Zelensky. "Todas as manifestações de terror russo contra nosso povo não escaparão com os invasores", completou.
Nas redes sociais, o vice-chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky disse que o ataque "foi feito com drones kamikaze em instalações críticas de infraestrutura". Autoridades ucranianas já relataram uma série de ataques russos com drones Shahed-136 de fabricação iraniana nas últimas semanas.
O aumento de bombardeios na Ucrânia ocorre desde o início da semana, quando o presidente russo, Vladimir Putin, intensificou as ações em resposta à destruição da ponte da Crimeia. Para conter a ofensiva, o exército ucraniano lançou 32 ataques contra 24 alvos russos, segundo informado pelo Estado-Maior das Forças Armadas.
Assim como alertado por líderes internacionais, o conflito está entrando em um dos cenários mais tensos desde fevereiro. Mais cedo, por exemplo, o vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Venediktov, afirmou que a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) poderia desencadear uma terceira guerra mundial.
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Isso porque, caso o pedido de Zelensky seja atendido pela aliança, a adesão da Ucrânia aconteceria durante uma guerra em curso, colocando os Estados Unidos e outros países aliados em conflito direto com a Rússia.