Anexação de Donbass pela Rússia pode destruir negociações, diz Ucrânia
Segundo autoridades, participação em referendos será qualificada como invasão à integridade do país
O porta-voz do gabinete presidencial da Ucrânia, Serhiy Nykyforov, afirmou que qualquer referendo sobre adesão à Rússia em territórios ucranianos irá impactar nas chances de negociação entre os países. Segundo ele, caso o cenário avance, o diálogo entre representantes, que já é escasso, poderá ser completamente "destruído".
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A declaração acontece após líderes das regiões separatistas de Donbass expressarem interesse em se juntar ao território russo. Na 3ª feira (20.set), os representantes afirmaram que pretendem realizar uma votação entre os dias 23 e 27 de setembro, uma vez que, no início do ano, Moscou reconheceu as províncias como "repúblicas populares".
A iniciativa acontece no momento em que as forças russas ocupam quase toda a região de Lugansk e cerca de 60% de Donetsk, ambas pertencentes à Donbass, no leste da Ucrânia. O último processo de anexação aconteceu em 2014, quando a Rússia formalizou a Crimeia como parte do país.
Pelas redes sociais, o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podoliak, pediu que os cidadãos fiquem vigilantes e não informem dados ou entreguem passaportes à autoridades desconhecidas. Ele afirmou ainda que "qualquer participação em referendos será qualificada como uma invasão à integridade territorial da Ucrânia".
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"A comunidade mundial tem de reagir imediatamente à tentativa de anexar o território da Ucrânia, aumentando a ajuda armada e introduzindo novas sanções setoriais econômicas contra a Rússia. O Kremlin se opõe ao fornecimento de tanques modernos e armas para a Ucrânia? Então é hora de enviar", escreveu.