Dois milhões de crianças estão com vacinas atrasadas nas Américas
ONU alerta para atraso na aplicação das doses contra sarampo, poliomielite e outras doenças
A pandemia de covid-19 afetou de forma severa os programas de imunização de rotina nas Américas e no Caribe, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Em 2020, 2,7 milhões de crianças deixaram de receber as vacinas de rotina nos países latino-americanos e caribenhos.
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"Enquanto trabalhávamos arduamente para proteger nossas populações da COVID-19, nossos programas de imunização de rotina foram severamente afetados", afirmou Carissa F. Etienne, diretora da OPAS, durante o lançamento da 20ª Semana de Vacinação nas Américas em Roseau, Dominica. "Mas mesmo antes de a COVID-19 paralisar o mundo, a cobertura de vacinação de rotina caiu abaixo dos níveis ideais", disse.
Segundo a diretora da OPAS, os últimos dois anos retrocederam quase três décadas de progresso na vacinação contra a poliomielite e o sarampo, criando um risco real para sua reintrodução. "Hoje estamos de volta aos mesmos níveis de cobertura vacinal de 1994, quando essas doenças ainda representavam uma séria ameaça para nossas crianças, famílias e comunidades", enfatizou.