EUA: declarações polêmicas movimentam estratégias de campanha na reta final da eleição
Republicanos e democratas trocam acusações e campanhas intensificam ações nos estados decisivos
A corrida presidencial nos Estados Unidos (EUA) entra em seus últimos dias com uma das disputas mais acirradas da história recente. Polêmicas envolvendo declarações dos candidatos e de seus apoiadores estão sendo exploradas como armas na reta final da campanha.
Donald Trump, vestido com um colete laranja, desceu do avião na quarta-feira e entrou em um caminhão de coleta de lixo, onde declarou: "250 milhões de pessoas não são lixo", respondendo a uma recente fala de Joe Biden, que chamou os apoiadores de Trump de "lixo". Biden, por sua vez, repercutia uma piada de um comediante sobre Porto Rico em um comício de Trump no domingo.
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Enquanto isso, as campanhas concentram seus esforços nos estados decisivos, os chamados "estados-pêndulo". De acordo com a pesquisa Atlas/Intel, Trump lidera em seis deles: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin. Já Kamala Harris tem pequena vantagem em apenas um, a Carolina do Norte. Pela margem de erro, os dois seguem tecnicamente empatados em todos esses estados.
Nesta quinta-feira, Donald Trump esteve no Arizona e no Novo México, enquanto Kamala foi a Nevada. Em seu comício, em Las Vegas, Kamala terá a participação de Jennifer Lopez, conhecida cantora americana de origem porto-riquenha.
Até agora, cerca de 62 milhões de americanos já votaram de forma antecipada, em sessões eleitorais ou pelos correios. Em Washington, os eleitores antecipados votam em cédulas de papel, semelhante ao método antigo do Brasil.
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A campanha republicana formou um comitê para monitorar o voto presencial e já abriu 135 processos judiciais. Em um desses processos, na Pensilvânia, a justiça atendeu ao pedido para estender o horário de voto antecipado após relatos de sessões que estavam fechando mais cedo.
Na Virgínia, a Suprema Corte autorizou a exclusão de 1.600 nomes do registro eleitoral sob a alegação de que essas pessoas podem não ser cidadãs americanas