Zelensky expressa preocupação com possível ataque de armas químicas

Em novo pronunciamento nesta 3ª feira (12.abr), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zekensky, expressou preocupação com o possível ataque da Rússia ao país com o uso de armas químicas. Segundo ele, as forças inimigas informaram que estão se reagrupando e se preparando para uma nova fase da ofensiva, o que pode impactar ainda mais a crise no leste europeu.

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"Hoje, uma nova declaração foi feita pelos ocupantes, o que indica que eles estão preparando uma nova fase de terror contra a Ucrânia e nossos defensores. Um dos porta-vozes dos ocupantes disse que eles podem usar armas químicas contra os defensores de Mariupol. Levamos isso o mais a sério possível", disse Zelensky, pedindo à comunidade internacional pela imposição de novas sanções contra Moscou.

O líder ucraniano também ressaltou o perigo constante que os moradores estão vivenciando diariamente mesmo após os ataques. Minas e materiais explosivos estão sendo deixados pelas ruas das cidades por tropas russas, o que, segundo ele, também deve ser considerado como um crime de guerra.

"Os invasores deixaram minas por toda parte. Em casas, ruas, nos campos. Eles minaram a propriedade das pessoas, carros minados, portas. Eles deliberadamente fizeram de tudo para garantir que o retorno a essas áreas após a desocupação fosse o mais perigoso possível. Devido às ações do exército russo, nosso território hoje é uma das minas mais contaminadas do mundo. Acredito que isso também deve ser considerado como um crime de guerra", afirmou.

A ofensiva russa na Ucrânia chega ao 47º dia e mira, principalmente, o leste e o sul do país. Nos últimos dias, os ataques na cidade portuária de Mariupol foram intensificados e, devido à falta de munição, os soldados ucranianos disseram não acreditar resistir por muito tempo. 

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Para especialistas, a operação russa em Mariupol é estratégica, uma vez que, caso as tropas ocupem totalmente o município, o exército poderia conectar por terra a Crimeia, anexada por Moscou em 2014, com as regiões separatistas de Donbass. O cenário seria uma importante passagem de suprimentos e liberaria um grande número de soldados para participar dos conflitos em outras partes da Ucrânia.

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