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Jornalismo

Subvariantes da ômicron correspondem a 99,8% das infecções mundiais

Alta disseminação da cepa foi registrada na Europa, Mediterrâneo Oriental e em alguns países africanos

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Ao menos quatro subtipos da ômicron estão circulando no planeta | Pixabay
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Ao menos quatro sublinhagens da variante ômicron do novo coronavírus circulam pelo mundo e correspondem, conforme sequenciamento, a 99,8% dos casos mundiais da doença. Detectada pela primeira vez em novembro do ano passado, a BA.1 (cepa original) foi dominante nas amostras genéticas por meses, sendo substituída, agora, pela rápida disseminação da BA.2. 

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Segundo a GISAID, plataforma mundial de monitoramento de variantes do SARS-CoV-2, 86% dos casos sequenciados de covid-19 em todo o mundo são da sublinhagem BA.2 da ômicron, enquanto a BA.1.1 corresponde a 9% das amostras sequenciadas, a BA.1 a 4% e a BA.3 a menos de 0,1%. No caso da BA.2, foi registrada uma maior disseminação na Europa, no Mediterrâneo Oriental, e em alguns países africanos, do sudeste asiático, do pacífico ocidental e das américas. 

No Brasil, por outro lado, a BA.1 ainda é predominante, embora os casos de BA.2 tenham crescido 27,2% entre os dias 27 de fevereiro e 19 de março, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Todos pela Saúde. Os primeiros casos da linhagem BA.2 da ômicron foram detectados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em fevereiro, e eram procedentes do Rio de Janeiro e de Santa Catarina.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) explicam que a BA.2 difere da BA.1 na sequência genética, incluindo algumas diferenças de aminoácidos na proteína Spike e outras proteínas, embora ambas tenham sido categorizadas como variantes de preocupação. A infecção com BA.1 indica, no entanto, forte proteção contra a reinfecção com BA.2. 

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A partir de testes laboratoriais preliminares, feitos com animais sem imunidade ao SARS-CoV-2, os pesquisadores relataram maior gravidade dos sintomas da doença por meio da BA.2 em comparação com a BA.1. Ao mesmo tempo, análises sobre gravidade clínica da África do Sul, Reino Unido e Dinamarca, onde a imunidade à vacinação ou infecção natural é alta, não demonstraram diferença na gravidade entre BA.2 e BA.1.

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