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CoronaVac: 3ª dose aumenta imunidade em pacientes com doenças reumáticas

Taxa de soroconversão de anticorpos cresceu de 60% para 93% um mês após a aplicação

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Estudo foi realizado com 597 pacientes adultos com doenças reumáticas autoimunes e 199 pessoas saudáveis | Myke Sena/MS
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Um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontou que a terceira dose da vacina CoronaVac induz uma resposta imune elevada contra covid-19 em pacientes com doenças reumáticas autoimunes. Segundo os dados, publicados na revista Annals of the Rheumatic Diseases do British Medical Journal, a produção de anticorpos aumenta em mais de 90% nos indivíduos. 

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No estudo, os cientistas incluíram 597 pacientes adultos com doenças reumáticas autoimunes, assim como um grupo controle com 199 pessoas saudáveis, sendo a idade média e a distribuição de gênero comparáveis em ambos os grupos. Todos os participantes haviam sido vacinados com duas doses de CoronaVac e receberam a terceira aplicação seis meses após a segunda. Pacientes com doença controlada suspenderam as medicações imunossupressoras durante o período de vacinação.

Entre os voluntários, a taxa de soroconversão de anticorpos IgG contra o SARS-CoV-2 aumentou significativamente com a terceira dose, de 60% para 93% um mês após a aplicação. Da mesma forma, a positividade dos anticorpos neutralizantes aumentou de 38% antes da terceira dose para 81,4% decorridos 30 dias da dose de reforço. O mesmo padrão foi observado para o grupo controle.

A terceira dose da CoronaVac também elevou a resposta imune de pacientes que estavam sem produzir anticorpos seis meses após a segunda dose. Com o reforço, a soroconversão chegou a 80,5% para anticorpos IgG e 59,1% para anticorpos neutralizantes.

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Análises adicionais revelaram que fatores como idade avançada, diagnóstico de vasculite e uso dos medicamentos prednisona (corticoide) e micofenolato de mofetila (para prevenir rejeição de transplantes) estavam associados à redução da positividade dos anticorpos IgG. Além disso, o uso dos fármacos prednisona, abatacepte, belimumab e rituximabe estavam relacionados à menor produção de anticorpos neutralizantes.

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