Estudo: oito semanas é intervalo ideal entre doses de vacinas da Pfizer
No Brasil o intervalo entre as doses do imunizante é de 12 semanas
SBT News
Uma nova pesquisa da Universidade de Oxford aponta que o intervalo ideal entre as duas doses da vacina contra covid-19 da Pfizer é de oito semanas. O estudo foi conduzido com 503 profissionais de saúde.
O levantamento mostrou que uma redução para quatro semanas diminui os níveis gerais de anticorpos e que há uma queda acentuada após a primeira injeção. Os pesquisadores descobriram que uma segunda dose é necessária para a completa proteção contra a variante Delta, oito semanas é o intervalo que garante imunidade duradoura.
No Brasil, este intervalo é de 12 semanas, o que vem sendo questionado dado o avanço da variante Delta no país. A bula registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prevê intervalo entre doses de 21 dias, preferencialmente. A Pfizer afirma que "segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes", no entanto, "as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública".
O estudo concluiu, ainda, que a proteção fornecida por uma dose é limitada. "Os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta foram fracamente induzidos após uma única dose e não foram mantidos durante o intervalo mais longo antes da segunda dose", afirmam os autores do estudo. "Mas após duas doses de vacina, os níveis de anticorpos neutralizantes eram duas vezes mais altos quando o intervalo de dosagem foi longo do que quando foi curto."
A central comprovação da pesquisa é que a vacinação é fundamental, frente a observação que os diversos esquemas de dosagens, de intervalos, produziram forte resposta de anticorpos e células T.