Queiroga diz que país terá doses suficientes para vacinar toda a população

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país terá doses suficientes de vacinas contra a covid-19 para imunizar toda a população brasileira ainda em 2021. A declaração foi dada na manhã deste domingo (16.mai) durante o lançamento da campanha de vacinação em massa na cidade de Botacatu, no interior de São Paulo. 

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 O município, localizado a 230 km de distância da capital paulista, foi escolhido para participar de uma pesquisa inédita realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O objetivo do experimento é testar a efetividade da vacina da Oxford/AstraZeneca, distribuída no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), contra variantes do novo coronavírus.

Durante o evento, o ministro prometeu vacinar toda a população e reforçou a necessidade das ações de combate à pandemia. "Nós precisamos, além da vacinação, incentivar as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, e o distanciamento social".

#AoVivo | Acabo de vacinar a botucatuense Suze Helena Crespam no interior de São Paulo. Segue no fio ?: pic.twitter.com/KNgBC2K0ar

? Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) May 16, 2021

Queiroga também garantiu que o ministério pretende ampliar a testagem e citou Botucatu como exemplo. "A cidade testou sua população, acompanhou toda a evolução da epidemia e, por isso, precisou somente em duas situações fazer uma restrição maior na mobilidade", disse.

Vacinação em Botucatu

A campanha foi iniciada neste domingo e vai imunizar moradores do município, com idades entre 18 a 60 anos, que se cadastrem no projeto. Segundo o Ministério da Saúde, os 45 pontos usados tradicionalmente como locais de votação foram transformados em postos de vacinação.

Ao todo, 80 mil doses do imunizante desenvolvido pela Fiocruz foram doadas ao projeto pelo Programa Nacional de Imunizações (PIN) e deve contemplar 60 mil pessoas. O estudo terá a duração de 8 meses. 

Fiocruz e Butantan suspendem produção por falta de insumos

  Questionado sobre a suspensão na produção dos imunizantes pelo Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Queiroga afirmou que a falta de matéria-prima é mundial. O ministro também falou a respeito do atraso no envio dos insumos, disponibilizados pela China.

Segundo Queiroga, o governo chinês tem sido um grande parceiro do Brasil e que não há "nenhuma fissura nas relações". Recentemente, sem usar a palavra China, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), insinuou que o vírus da covid-19 havia sido criado por laboratórios chineses. Após a repercussão negativa, o chefe do Poder Executivo negou que tivesse feito referência ao país.

O Instituto Butantan, por meio de nota, que questões diplomáticas entre China e Brasil podem afetar diretamente o cronograma de vacinação devido à indefinição do governo chinês para liberar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).