Caso de corretora agredida poderá ser julgado como tentativa de homicídio
Agressões aconteceram em restaurante de luxo em SP, em janeiro de 2020. Milka Borges teve o rosto desfigurado após discussão
Milka Borges, corretora que teve o rosto desfigurado após agressões
Primeiro Impacto
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Uma perícia concluiu que as lesões sofridas pela corretora Milka Borges, agredida brutalmente pela modelo Fernanda Bonito em um restaurante de luxo em São Paulo, são gravíssimas. Com isso, o inquérito foi encaminhado do Ministério Público (MP) e o caso poderá ser julgado como tentativa de homicídio.
A agressão ocorreu em 11 de janeiro de 2020, em um restaurante no Jockey Club paulista. A corretora e a modelo se envolveram em uma discussão, pois Fernanda Bonito queria furar a fila para usar o banheiro. Depois de ser avisada que tinha fila, a modelo agiu de maneira soberba e partiu para a agressão. Uma taça de vidro foi atirada no rosto da corretora, além de outras agressões.
Passados mais de um ano do caso, Milka Borges ainda possui as cicatrizes, irreversíveis. O rosto ficou desfigurado no momento da agressão. A vítima teve que passar por quatro cirurgias de reconstrução da face e dezenas de pontos. Afetada psicologicamente, a corretora ainda faz tratamentos para cuidar da ansiedade aguda.
Com a perícia constatando lesão corporal gravíssima, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e o depoimento de testemunhas, o inquérito foi encaminhado ao MP. A expectativa é que a Promotoria denuncie Fernanda Bonito não somente por agressão, mas por tentativa de homicídio. Outros crimes conexos podem entrar no inquérito, como omissão de socorro - já que o restaurante nada fez para auxiliar a vítima -, de acordo com Carolina Fichmann, advogada de Milka.
Em nota, a defesa da modelo, por meio do advogado Robson Ribeiro, afirmou que o caso ainda está sendo apurado pelo MP e que aguarda análise do tribunal do júri e, por esse motivo, não comentaria a situação.