Lazer poderá ser restringido em SP para conter pandemia

Diante do aumento no número de internações, puxada pela cidade de São Paulo, com crescimento de 14,4% e alta de 46,5% no número de casos em 30 dias, o governo do estado não descarta restringir atividades de lazer, sobretudo noturno.

Atualmente, bares e restaurantes podem fechar às 22h, considerando as regiões que estão na fase verde do Plano São Paulo, que delimita as regras de afrouxamento ou restrição para cada localidade. 

No entanto, a observância da população mais jovem em festas e baladas, muitas delas estendendo o horário permitido, está interferindo diretamente na alta dos números estaduais. Com isso, os mais jovens, mesmo que mais assintomáticos, contribuem para a disseminação do coronavírus.

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Essa recomendação de restringir o lazer paulista veio do Centro de Contingência da Covid-19 no estado, que alertou o governador João Doria (PSDB) na última quarta-feira (25). 

Porém, o tucano preferiu esperar a próxima segunda (30), um dia após o resultado das eleições, data em que a reclassificação do Plano São Paulo já estava marcada depois de ser adiada.

Mesmo com o aumento no número de casos e internações, os integrantes do governo mantêm a posição de que não é preciso mudar nada, deixando a atual classificação do plano como está. Porém, se "a vida estiver ameaçada", as restrições serão maiores, de acordo com o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn.

Os números

O estado tem 76% da população na fase verde e metade dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) estão ocupados.

A Região Metropolitana tem 57,2% de ocupação, índices que remontam a situações mais complicadas no enfrentamento da pandemia e coloca a capital em risco, já que esta não é tratada como uma região isolada.

A cidade tem índices melhores que de municípios vizinhos e poderia sofrer uma regressão forçada à fase amarela.