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Covid-19: vacina Sputnik V, da Rússia, tem eficácia de 95%

Eficiência de vacina chega apenas depois de 3 semanas da aplicação da segunda dose. País é o 5º com mais casos de coronavírus

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Frascos da vacina russa Sputink V
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Resultados preliminares apontam que a vacina Sputinik V, do centro de pesquisas russo Gamaleya, tem 95% de eficácia contra o coronavírus. De forma direta, 95% das pessoas estariam protegidas contra a doença.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (24), três semanas depois que a segunda dose do imunizante foi aplicada nos voluntários. A primeira foi aplicada há 42 dias.

O imunizante russo é uma aposta do governo de Vladmir Putin, que tem um país entre os mais afetados pela Covid-19. É o quinto com mais casos em todo o mundo e bateu recorde de infectados em um dia, com 24.326. Putin chegou a aprovar o imunizante de forma emergencial e sem a realização de testes, levantando a desconfiança da comunidade científica em todo o mundo.

Nos testes da Sputinik V, 4.699 receberam placebo, enquanto outros 14.095 tiveram a vacina aplicada. Dentre os que tomaram placebo, 31 pessoas se infectaram, ante os 8 contaminados entre quem tomou a vacina de fato. 

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A eficácia, portanto, é de 91,4% sete dias depois da segunda dose e chega aos 95% três semanas depois. A confirmação pode ser ainda maior, já que as análises prévias (apenas uma semana depois dos voluntários receberem a segunda aplicação) indica que os organismos tenham reagido parcialmente. Ou seja, a eficácia tem chances de ser mais alta. O centro russo, agora, fará novas contas de eficácia quando o número de infectados chegar a 78.

Isso porque quanto maior o número de positivados para Covid-19, mais a eficácia aumenta. Entre as vacinas em estudo, a da Pfizer teve a alta eficácia comprovada depois de 170 contaminados.

Cerca de 40 mil pessoas participaram dos testes da Sputinik, na Rússia, índia, Venezuela, Emirados Árabes Unidos, Belarus, entre outros. A Hungria foi um dos primeiros países a receber, de fato, as doses da vacina, mesmo sem aprovação da Agência Europeia de Medicamentos. 

A Sputinik V também tem acordo para ser produzida no Brasil e a dose, estimam os russos, custará ? já convertido ? pouco mais de R$ 50 por dose, e o estoque é facilitado, já que pode ser guardada a até 8 graus positivos, número semelhante à de Oxford.
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