Jornalismo
Sete bebês nascem mortos em hospital: "Roubaram nosso futuro"
Médico escancara situação da saúde no Zimbábue, que convive com greve por falta de equipamentos e denúncia de corrupção
SBT News
• Atualizado em
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A pandemia tem devastado diversos países ao redor do mundo. Localizado na região sul do continente africano, o Zimbábue atravessa uma grave crise na saúde, que culminou com a morte de sete bebês em um dos principal hospitais da capital, Harare, na segunda-feira (26), de acordo com a BBC.
"Roubaram nosso futuro, incluindo nossos bebês não nascidos. Por favor parem com os saques", pediu o médico Peter Magombeyi, que trabalha no local. Segundo ele, os casos das crianças natimortas são "apenas a ponta do iceberg", em uma nação esfacelada por uma greve nacional de enfermeiros em virtude da falta de equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs.
Soma-se a isso o número reduzido de médicos e a denúncia de superfaturamento por parte do governo na aquisição de materiais, que culminou com a demissão do ministro da saúde. Além disso, não há estrutura para lidar com situações que podem ocorrer durante o nascimento, como hemorragias, por exemplo.
"Temos uma estrutura de enfermagem mínima, composta, na maioria, de profissionais mais graduadas, que não podem fazer greve. Mas elas não dão conta do número de pacientes", disse um outro profissional ouvido pela BBC.
Em nota, a Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Zimbábue classificou a situação atual como "mais que horrível", e pediu que todos se unam para salvar a vida daqueles que não têm voz, em referência aos bebês.
"Roubaram nosso futuro, incluindo nossos bebês não nascidos. Por favor parem com os saques", pediu o médico Peter Magombeyi, que trabalha no local. Segundo ele, os casos das crianças natimortas são "apenas a ponta do iceberg", em uma nação esfacelada por uma greve nacional de enfermeiros em virtude da falta de equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs.
Soma-se a isso o número reduzido de médicos e a denúncia de superfaturamento por parte do governo na aquisição de materiais, que culminou com a demissão do ministro da saúde. Além disso, não há estrutura para lidar com situações que podem ocorrer durante o nascimento, como hemorragias, por exemplo.
"Temos uma estrutura de enfermagem mínima, composta, na maioria, de profissionais mais graduadas, que não podem fazer greve. Mas elas não dão conta do número de pacientes", disse um outro profissional ouvido pela BBC.
Em nota, a Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Zimbábue classificou a situação atual como "mais que horrível", e pediu que todos se unam para salvar a vida daqueles que não têm voz, em referência aos bebês.
Zimbábue passa por grave crise na saúde - Crédito: Dr. Greg Powell/arquivo
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