Estudo promete melhorar o combate à sepse, a infecção generalizada
Doença provoca uma em cada três internações na UTI em todo o país, e é responsável por mais mortes anualmente que câncer e infarto.
SBT News
Um estudo da Universidade de Campinas promete deixar mais eficaz o combate à sepse, infecção que atinge a corrente sanguínea. Segundo a pesquisa, uma nova substância, IRSH, quando somada ao uso de antibióticos do tratamento atual, pode aumentar em até cinco vezes o índice de sobrevida dos infectados.
A sepse provoca uma em cada três internações na UTI (unidade de terapia intensiva) e é uma das principais causas de morte em todo o país, sendo 300 mil casos por ano. A doença pode comprometer o funcionamento de um ou mais órgãos, como rins, pulmões e a pele, e mata mais anualmente que câncer e infarto.
O médico que conduziu o estudo explica que a IRSH é uma mistura de partes de bactérias que nosso organismo já conhece. Ao identificar os microorganismos, o processo inflamatório não acontece de forma tão agressiva.
A pesquisa foi realizada em quatro grupos de camundongos. O grupo que tomou a combinação da IRSH com os antibióticos apresentaram o maior índice de sobrevida, com 51,7%. Em 2020, o tratamento será testado em porcos. Ainda não há previsão para a aplicação em humanos.