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Jornalismo

Jair Bolsonaro acusa Glenn Greenwald de crime de receptação

No Rio, durante um ato em defesa da liberdade de expressão, o jornalista afirmou que, apesar do risco de ser preso, não pretende deixar o país

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Jair Bolsonaro acusa Glenn Greenwald de crime de receptação
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O presidente Jair Bolsonaro comparou, nesta quarta-feira (31), a ação do jornalista Glenn Greenwald de divulgar as conversas vazadas de autoridades, ao crime de receptação. 

"Nós não podemos concordar que um jornalista, entre aspas, né, pegue um material criminoso e bote para fora. É igual o cara que é acusado do crime de receptação. Eu não posso pegar um carro que é roubado e vender para você. Todo mundo tem que ter responsabilidade", disse o presidente.

Não é a primeira vez que Jair Bolsonaro desfere ataques contra as publicações do site 'The Intercept Brasil'. Há vários dias, o presidente tem deixado clara a posição de que o jornalista norte-americano deve ser responsabilizado pela divulgação das mensagens.

No Rio de Janeiro, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, durante um ato em defesa da liberade de expressão, Glenn Greenwald afirmou que corre o risco de ser preso, mas que não pretende sair do Brasil.

"Esse é o meu passaporte norte-americano. Esse passaporte me permite ir para o aeroporto a qualquer minuto. Mas, nós decidimos que nunca vamos fazer isso. Eu não vou fugir deste país", declarou o jornalista.


O vídeo de Rodrigo Maia em apoio a Greenwald


O presidente da Câmara dos Deputados gravou, nesta terça-feira (30), um vídeo em que defende o sigilo da fonte - como um preceito garantido pela Constituição - e a liberdade de imprensa, para ser exibido durante um ato convocado pela Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, em apoio ao jornalista Glenn Greenwald e ao site 'The Intercept Brasil'.

Na gravação, Rodrigo Maia argumentou que o vazamento de informações sigilosas por hackers é um ato tão criminoso quanto em casos quando o mesmo é executado por agentes públicos.

Partindo esta prerrogativa, o presidente da Câmara apontou que, a partir do acesso a esse conteúdo, a imprensa tem o direito de publicar as informações, sem a obrigação de revelar as suas fontes. 

"No nosso país, no nosso Brasil democrático, no nosso Estado democrático de direito, o sigilo da fonte é um direito constitucional", declarou Maia no vídeo.

 

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