Milhares de manifestantes vão às ruas em 22 estados do país
Alunos, professores e funcionários de instituições, universidades e escolas públicas e privadas protestaram contra os cortes na Educação
SBT News
Milhares de manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira (30) em pelo menos vinte e um estados e no Distrito Federal, para participar de atos em defesa da Educação.
Este foi o segundo protesto contra os cortes de 30% na verba da pasta, realizado neste mês por professores e estudantes de universidades e escolas públicas e privadas.
Os manifestantes ocuparam as ruas das principais cidades do país pedindo a manutenção dos investimentos em ensino e pesquisa.
Em Brasília, um grupo formado por estudantes, professores e representantes de sindicatos caminhava em direção ao Congresso Nacional, quando houve uma discussão entre manifestantes e policiais. Um estudante foi levado para a delegacia. Segundo os oficiais, ele estava agressivo e havia se recusado a retirar a máscara que cobria o rosto. O jovem foi liberado logo em seguida.
Em Fortaleza, uma multidão se reunião em frente a uma praça na cidade e seguiu para a Universidade Federal do Ceará. O trajeto foi marcado por muita música e palavras de ordem.
Já no Recife, alunos, professores e funcionários deram as mãos, em um abraço simbólico, em torno da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Segurando faixas e bandeiras, manifestantes tomaram as ruas e percorreram um trajeto de dois quilômetros em Salvador, que terminou na praça Castro Alves.
No Rio de Janeiro, os protestos começaram perto da Igreja da Candelária, no Centro da Cidade. Estudantes e professores participaram do ato, convocado pelas redes sociais.
Na capital paulista, a concentração foi no Largo da Batata, tradicional ponto de protestos na Zona Oeste de São Paulo. A multidão se reuniu para cantar e discursar contra o contingenciamento de verbas na educação.
Em resposta aos atos desta quinta-feira, em um vídeo publicado na internet, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que alguns pais procuraram a pasta para denunciar que os filhos estavam sendo coagidos a participar dos protestos.
"Nós estamos aqui recebendo no MEC cartas e mensagens de muitos pais de alunos citando explicitamente que alguns professores, funcionários públicos, estão coagindo os alunos ou falando que eles serão punidos de alguma forma caso eles não participem das manifestações. Isso é ilegal, isso não pode acontecer", alegou Weintraub.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mariana Dias, rebateu a fala do ministro, alegando que a adesão aos protestos foi voluntária.
"O povo brasileiro enxerga na educação como potencial par transformar a sua vida e transformar o nosso futuro", declarou Mariana Dias.