Esposas de soldados ucranianos se encontram com Papa
Maridos de ambas estão escondidos na planta siderúrgica Azovstal, último reduto de resistência da Ucrânia em Mariupol

SBT News
As esposas de dois soldados ucranianos que resistem na siderúrgica Azovstal, último reduto das forças do país em Mariupol, se encontraram com o Papa Francisco nesta 4ªfeira (11.mai) e imploraram para que ele medeie o fim da guerra "cruel" com o presidente russo, Vladimir Putin.
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A caminho da Alemanha como refugiadas, Katheryna Prokopenko e Yulya Fedosiuk expressaram suas esperanças de que os combatentes ucranianos possam ser evacuados de Mariupol para outro país. Representando as esposas dos mais de 700 soldados que permanecem escondidos na planta siderúrgica, as jovens relataram as atuais condições em Azovstal."É terrível".
Segundo elas, a maioria dos soldados remanescentes estão feridos, com membros gangrenando ou amputados. As mulheres acrescentaram que muitos civis permanecem presos no subsolo, principalmente famílias de soldados que têm medo de serem evacuados. Elas temem que seus maridos sejam torturados e mortos.
"Todos os dias recebemos notícias terríveis de nossos maridos.", acrescentaram. Katheryna relatou que seu esposo ligou na noite de 2ªfeira (9.mai) pedindo que ela procurasse um artigo sobre como viver sem água o maior tempo possível. "Essa é a situação deles!". Ainda de acordo com as ucranianas, os soldados - dadas garantias suficientes - estão prontos para "baixar suas armas".
O encontro com o pontífice terminou com um apelo de ambas para que Francisco ajude na criação de corredores humanitários, e que tente conversar com o presidente russo.