Para evitar greve, governo propõe negociar reajuste com servidores e aumentar benefícios
Categorias têm até dia 15 de abril para responder se concordam com os termos
Camila Stucaluc
O governo federal sugeriu novas negociações para evitar uma greve unificada de servidores públicos federais. Em reunião na quarta-feira (10), o Ministério da Gestão e de Inovação em Serviços Públicos (MGI) propôs a abertura de 60 mesas setoriais para debater eventuais reajustes salariais e reestruturação de carreira com cada categoria.
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No encontro, realizado com integrantes de diferentes sindicatos e associações, os representantes do MGI também apresentaram um aumento dos auxílios e benefícios para as categorias. Segundo eles, o reajuste será a partir de maio, sendo:
- Auxílio alimentação: de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%);
- Assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde): de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
- Assistência pré-escolar (auxílio creche): de R$ 321 para R$ 484,90.
Em troca, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que os servidores públicos não realizem paralisações. Isso porque o governo estará em negociações com as categorias, que esperam conseguir acordos até julho deste ano. Para iniciar as conversas, as categorias têm até 15 de abril para responder se concordam com os termos.
O governo federal vem sofrendo pressão de servidores públicos por reajustes desde o início do ano. Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), afirma que, além dos servidores que já estão em greve, 20 categorias estão com algum processo de mobilização, seja operação padrão ou paralisação por tempo indeterminado.