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Comitiva de ministros planeja viagem para inspecionar combate a incêndios no Pantanal

Orçamento da União para combate a incêndios deve ser definido até a próxima quarta-feira, diz ministra Simone Tebet

Comitiva de ministros planeja viagem para inspecionar combate a incêndios no Pantanal
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A ministra do Planejamento Simone Tebet disse que uma comitiva de ministros vai até Corumbá, em Mato Grosso do Sul, na próxima sexta-feira (28) para analisar in loco a situação dos incêndios no Pantanal. Um dos compromissos dos ministros é uma reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) para levantar um diagnóstico da região.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do ministro da Integração, Waldez Góes, ela afirmou ainda que não faltarão recursos do governo federal para o combate e a prevenção a incêndios e que após uma reunião com ministérios vai definir o orçamento necessário nesta quarta-feira (26).

+ Foco de queimadas no Pantanal em 2024 já supera o mesmo período do ano passado

Marina Silva disse que o governo já enviou 175 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio e 53 da Marinha, e que está trabalhando com celeridade para a contratação de novos profissionais, de acordo com a necessidade.

"Nós estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal, toda Bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa, não tivemos a cota de cheia, não tivemos o interstício entre o o El Niño e La Niña e isso faz com que uma grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão esteja causando incêndios que são fora da curva em relação a tudo que se conhece", disse.

Desde 2023, o governo tem um plano de enfrentamento ao incêndio no Pantanal. Já a sala de crise, coordenada pela Casa Civil, que tem participação também dos ministérios do Meio Ambiente, Transportes, Integração, Defesa e Justiça foi criada neste ano.

Emergência

O governo de Mato Grosso do Sul publicou no Diário Oficial do Estado, nesta segunda-feira (24), o decreto de situação de emergência válido por 180 dias por causa dos incêndios florestais. A medida permite uma atuação mais célere em ações que envolvem resposta ao desastre, como liberação de recursos.

+ Incêndios no Pantanal: Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência

Os governos estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul proibiram o o uso do fogo para renovação de pastagem ou qualquer outra atividade. De agora até dezembro, quem descumprir esses decretos estaduais estará cometendo um crime ambiental. Normalmente, a proibição de queimadas rurais acontece todos os anos, entre os meses de julho a outubro, por causa do período de seca. Desta vez a restrição foi antecipada.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pantanal registrou, nos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que o registrado pelo sistema no mesmo período do ano passado — 1.298 focos.

Até o último sábado (22), o fogo já tinha atingido cerca de 541.575 mil hectares, na área de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, equivalente a mais de três vezes a cidade de São Paulo, de acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O Pantanal abrange uma área de 179.300 km², que fica entre Brasil (78%), Bolívia (18%) e Paraguai (4%). No Brasil, está localizado nos estados de Mato Grosso do Sul (65%) e Mato Grosso (35%).

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