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Prestígio e contradição marcam Brasil na COP-28

Na conferência do clima, Brasil sai com voz forte na descarbonização, mas Lula quer Petrobras buscando mais petróleo

Prestígio e contradição marcam Brasil na COP-28
lula na abertura da cop-28
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Dubai - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou neste domingo (3.dez) sua participação na COP-28, o maior encontro climático do mundo, ostentando prestígio internacional de seu governo e do Brasil para tratar de transição energética e bioeconomia.

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Na conferência, que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ele apresentou para a comunidade internacional de autoridades e empresários, projetos bilionários como opções para investimentos no Brasil.

 Lula foi um dos poucos convidados a falar na abertura da presidência do evento. Entre mais de 160 chefes de Estado, o brasileiro puxou a fila de autoridades ciceroneado pelo sultão Al Jaber, presidente desta Cúpula do Clima. Ele teve encontros bilaterais estratégicos: com a presidente da comissão da União Europeia, Úrsula Von Der Leyen, e com o premiê do Reino Unido, Rishi Sunak. Também se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki.

Apresentou discursos duros contra os países ricos que não assumem responsabilidades por seus históricos poluidores: cobrou deles financiamentos em fundos pró-clima e efetiva diminuição de emissões poluentes, com o engajamento no uso de fontes alternativas de energia, além de provocar a discussão sobre diminuição do uso de petróleo.

O Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, mas exige receber incentivos financeiros. Por outro lado, Lula incentiva a Petrobras, empresa de economia mista, cujo governo é acionista majoritário, a continuar prospectando poços de petróleo em território brasileiro. Também conclui essa rodada de visitas ao Oriente Médio com o convite para o Brasil integrar a OPEP+, um grupo de países que atua como observador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Lula defendeu a adesão do Brasil ao conglomerado. Argumento: convencer os países que produzem petróleo a usarem os petrodólares para também investirem em energia alternativa e na economia sustentável. 

A vizinha Colômbia acaba de aderir ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis. E os Estados Unidos anunciaram também suspender a construção de novas usinas movidas a carvão.

Enquanto isso, segundo Lula disse em seus últimos minutos em Dubai: a Petrobras não deixará de prospectar poços de petróleo e "a Petrobras, enquanto empresa, vai ter que fazer o que precisar fazer para ela poder se transformar em uma grande empresa e ajudar o Brasil a crescer. Mas, ao mesmo tempo, a Petrobras vai se transformar numa empresa não de petróleo apenas, mas numa empresa que vai cuidar da energia como um todo".

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