Governo declara vitória, mas admite possibilidade em fatiar reforma tributária
Padilha disse que opção sempre esteve na mesa e depende de termômetro na Câmara
Lis Cappi
Com críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre Padilha (das Relações Institucionais), celebrou a aprovação da reforma tributária no Senado e admitiu que o governo trabalha com a possibilidade de promulgar a PEC de forma fatiada: "Hipótese que sempre existiu".
De acordo com o ministro, o movimento vai depender de um termômetro da Câmara, a ser sinalizado pelo relator na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
"Essa possibilidade sempre existiu, agora, nesse momento, o relator Aguinaldo Ribeiro vai se dedicar. Ele acompanhou a tramitação durante votação do Senado, vai acompanhar mais detalhadamente e sentir o ambiente na Câmara dos Deputados, mas acho que tem um sinal muito claro tanto da Câmara quanto do Senado em aprovar a reforma", declarou Padilha, nesta 5ª feira (9.nov).
Em tom de vitória ao governo, o ministro também fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e disse que ele foi "o único derrotado" com a aprovação do texto. Bolsonaro fez campanha contra aprovação. O apoio do Partido Liberal e da Oposição no Senado fez com que o placar ficasse apertado - a PEC foram 53 votos favoráveis e 24 contrários nos dois turnos. Eram necessários 49 votos para aprovação.
"O único derrotado ontem foi o ex-presidente da República que mais uma vez tentou impedir a reforma tributária no país. Ele tentou impedir quando sentou em cima desse debate durante o governo dele. Tentou impedir na Câmara, tentou impedir no Senado", disse.
Aguinaldo Ribeiro aguarda pela redação final do texto aprovado pelo Senado para um parecer. No início da semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou qeu aaprovação ocorrerá da forma mais rápida possível, ainda em 2023.