Lula inclui nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Líder camponesa foi assassinada a tiros em 12 de agosto de 1983
Guilherme Resck
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que inclui o nome da líder camponesa Margarida Maria Alves, que inspira a Marcha das Margaridas, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A medida foi publicada nesta 5ª feira (17.ago) no Diário Oficial da União (DOU).
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Margarida Maria nasceu em 5 de agosto de 1933, em Alagoa Grande (PB). Foi trabalhadora rural e rendeira, além da primeira primeira mulher presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.
De acordo com o governo, ela "lutava pelos direitos dos trabalhadores rurais e reivindicava a regulamentação da jornada de trabalho, carteira assinada, férias e décimo terceiro para camponeses da região". "Durante o período em que presidiu o sindicato, fazendeiros e proprietários de engenho receberam centenas de ações trabalhistas por violação nos direitos dos trabalhadores".
Foi assassinada a tiros na porta de casa, em 12 de agosto de 1983, depois de sofrer várias ameaças. Desde então, diz o governo, "seu nome se tornou símbolo de força e coragem e sinônimo de luta das mulheres do campo".
"Neste ano, seu assassinato completa 40 anos e as margaridas, como são chamadas as mulheres que participam do encontro [Marcha], reivindicam direitos sob o tema 'Pela Reconstrução do Brasil e pelo bem viver'".
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria fica no Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O espaço é aberto à visitação do público em geral. A entrada é gratuita.
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