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"União Europeia está pronta para voltar para América do Sul", diz Lula

Presidente se mostrou otimista em concluir acordo Mercosul-UE até o fim de 2023

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Declaração foi dada em Bruxelas, na Bélgica, onde o petista participou da Cúpula entre a Celac e a UE | Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta 4ª feira (19.jul), que a União Europeia (UE) "está pronta para voltar" para a América do Sul com o acordo Mercosul-UE. A declaração foi dada em Bruxelas, na Bélgica, onde o petista participou da Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o bloco europeu.

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Segundo Lula, além dos benefícios comerciais do acordo e do poder do Mercosul sob a energia verde, o interesse da UE acontece para aumentar a influência política no continente, uma vez que o bloco está ficando atrasado em relação a outros grandes competidores. Entre eles estão Estados Unidos e China, principais parceiros dos latinos.

"Volto para o Brasil feliz, porque acho que nós conseguimos um intento. Um intento muito grande, que foi restabelcer de forma madura as negociações com a União Europeia", disse Lula. Ele informou que o Brasil já enviou uma carta em resposta às exigências do bloco europeu, sobretudo em relação ao meio ambiente. "Podemos concluir o acordo ainda neste ano".

Para aderir às exigências, Lula voltou a se comprometer com o desmatamento zero até 2030 e confirmou que participará de uma reunião com todos os países amazônicos nos dias 8 e 9 de agosto. No encontro, as nações deverão acordar uma estratégia para preservar o bioma e atender o interesse das populações - documento que deverá ser apresentado na Conferência das Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-28) este ano.

"No Brasil está ficando cada vez mais claro de que não se precisa derrubar mais uma única árvore para se plantar mais milho ou criar mais gado. Nós temos mais de 30 milhões de hectares degradados que podem ser recuperados para plantar o dobro do que estamos plantando hoje. E achamos, inclusive, que essa questão ambiental deve começar a ser tratada no currículo escolar. Quem sabe através das crianças, a gente possa fazer uma revolução conceitual no Brasil em relação à crise climática", defendeu Lula.

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