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"Crise na democracia dificulta planejamento da atividade econômica", diz Lula

Presidente voltou a comentar sobre acordo Mercosul-UE e defendeu benefícios comerciais

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Declaração acontece poucas horas após o petista se encontrar com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen | Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta 2ª feira (17.jul), da sessão de abertura do Fórum Empresarial União Europeia-América Latina, em Bruxelas, na Bélgica. Durante discurso, o mandatário afirmou que a crise da democracia dificulta o planejamento da atividade econômica e que a guerra na Ucrânia aumenta a incerteza no setor.

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"A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais. Frente a todos esses desafios, cabe aos governantes, empresários e trabalhadores reconstituir o caminho da retomada da produção, dos investimentos e dos empregos", disse Lula.

Segundo o presidente, a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia seria essencial para o cenário, uma vez que o bloco europeu é um dos principais parceiros comerciais dos países sul-americanos. Apenas em relação ao Brasil, por exemplo, o governo estima uma corrente comercial de mais de US$ 100 bilhões em 2023.

"Um acordo entre Mercosul e União Europeia equilibrado, que pretendemos concluir ainda este ano, abrirá novos horizontes. Queremos um acordo que preserve a capacidade das partes de responder aos desafios presentes e futuros. As compras governamentais são um instrumento vital para articular investimentos em infraestrutura e sustentar nossa política industrial", afirmou Lula.

A declaração acontece poucas horas após o petista fazer um pronunciamento conjunto com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Na declaração, a diplomata se mostrou positiva em relação às negociações e afirmou que o acordo comercial entre os blocos terá um impacto positivo para as duas regiões. 

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Isso porque a UE está buscando reforçar o comércio com a América do Sul e ter mais influência política, porque sabe que está ficando atrasada em relação a outros grandes competidores. O principal deles é a China, que ultrapassou o bloco europeu e hoje é o segundo maior parceiro comercial dos latinos, atrás apenas dos Estados Unidos.

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