Governo troca presidência do INSS após "farra de passagens"
Em meio a desgaste, Glauco André Wamburg foi exonerado; cargo será ocupado por Alessandro Stefanutto
Lis Cappi
Em meio a um desgaste provocado por denúncias de compras irregulares de passagens aéreas e aumento de filas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu exonerar Glauco André Wamburg da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Agora, o órgão será ocupado pelo procurador federal Alessandro Antonio Stefanutto. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União em edição desta 4ª feira (5.jul).
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Wamburg estava na presidência de forma interina, e passou cinco meses no cargo. O nome dele foi escolhido para atender a um pedido do PSD, mas era questionado desde a nomeação.
Além do desgaste, a troca de comando vem em um período de críticas ao aumento de filas de beneficiários no INSS e de denúncias relacionadas a passagens aéreas. Reportagem do jornal Metrópoles publicada no fim do último mês revelou gastos excessivos do então presidente para o Rio de Janeiro. Os trajetos estariam relacionados ao deslocamento para que ele desse aulas em uma universidade particular.
O novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, era diretor de Orçamento, Finanças e Logística do próprio órgão desde março deste ano. Antes da nomeação oficial, nomes próximos ao governo, como o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) já se referiam a Stefanutto como presidente do instituto.
O novo presidente era diretor de Orçamento, Finanças e Logística do órgão desde março. Ele participou também da coordenação do grupo técnico de Previdência Social durante o governo de transição no final do ano passado.