"Ideia foi esperar nova diretoria da Petrobras", diz Haddad sobre isenção
Ministro da Fazenda minimizou decisão da ala política do governo de manter corte de tributos federais

SBT News
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou, nesta 2ª feira (2.jan), que não houve divergência entre a ala política e econômica do governo sobre a manutenção da isenção do PIS/Cofins dos combustíveis. Minutos depois do governo publicar uma Medida Provisória (MP) mantendo o corte dos tributos federais cobrados sobre o diesel, biodiesl, gás, querosene de aviação e gasolina, Haddad negou que o tema tenha gerado o primeiro ruído do governo Lula.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Segundo o ministro, na semana passada, o que ele havia pedido para a equipe de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, foi para que eles se abstivessem de assuntos que pudessem ter impacto na atual gestão e que a decisão sobre manter a isenção dos impostos federais dos combustíveis dependia da avaliação do presidente Lula.
Haddad explicou que o presidente eleito optou por esperar a nova diretoria da Petrobras tomar posse para discutir com os novos dirigentes mudanças na política de preços da estatal, para só depois voltar a cobrar os impostos federais dos combustíveis.
A MP publicada desta 2ª feira estendeu o corte do PIS/Cofins do diesel, biodiesel, gás e do querosene de aviação até dezembro de 2023. No caso da gasolina e do álcool, a isenção segue valendo até o dia 28 de fevereiro. A preocupação do governo que recém começou é evitar que o preço do diesel dispare e dê munição aos caminhoneiros, que fizeram parte da base de apoio de Jair Bolsonaro (PL). O corte dos tributos foi uma das medidas adotadas pelo ex-presidente para diminuir a pressão e as cobranças depois que houve disparada no preço dos combustíveis.