Plano de vacinação de 2023 pode sair até 31 de dezembro, diz Queiroga
"Trabalharemos até 31 de dezembro à meia-noite", indicou o ministro em balanço de ações da pasta durante o governo Bolsonaro
SBT News
Com o fim do governo Jair Bolsonaro (PL), no próximo dia 31 de dezembro, o Ministério da Saúde apresentou, nesta 4ª feira (21.dez), um balanço das ações da pasta nos quatro anos de gestão do governo. Na coletiva, no edifício-sede do Ministério da Saúde em Brasília, o ministro da pasta, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta vai seguir trabalhando até o dia 31 de dezembro, "à meia-noite", e que o plano de vacinação será apresentado até lá.
"Trabalharemos até 31 de dezembro, à meia-noite. O plano de vacinação está sendo elaborado e será apresentado. Ainda assinaremos contratos, forneceremos informações e publicaremos todo o plano nacional de vacinação, incluindo o de Covid, para 2023", disse Queiroga.
Queiroga reforçou que nenhum dos seus antecessores enfrentaram situação similar ao que ele passou durante sua gestão na pasta, referindo-se de forma mais expressiva a situação da Covid-19.
"Neste momento, em que assumimos o Ministério da Saúde, nós estávamos praticamente sozinhos. Nós fomos construindo nossa equipe no dia a dia. É como trocar os pneus do carro com o carro andando", disse o ministro. "Nenhum dos meus antecessores, e eu digo sem medo, enfrentaram situação nem de perto similar ao que eu enfrentei", ressaltou.
Leia mais:
Na sequência, Queiroga também questionou críticas feitas pela equipe do grupo técnico de Saúde do gabinete de transição, que apontou "cenário caótico" no Ministério da Saúde durante a gestão do governo Bolsonaro.
"Hoje, eu vejo, com certa tristeza, alguns dizerem que há uma terra arrasada no ministério da Saúde. Quem diz isso cospe nos servidores públicos do ministério da saúde. E são a sua essência, são a sua alma, não aqueles que vem pra cá ocupar cargos por indicação política sem critério, como nós bem sabemos", aponta. "Não há terra arrasada nenhuma no Ministério da Saúde, absolutamente nenhuma. Quem disse que tem terra arrasada no ministério da Saúde, bom sujeito não é", reforçou.
Queiroga deixará o cargo no dia 31 de dezembro com o fim do governo Bolsonaro. Como 50° ministro de estado da saúde, Queiroga foi o que ficou mais tempo no cargo: 1 ano e 9 meses. O médico cardiologista assumiu a pasta em março de 2021, quando a vacinação da covid-19 ainda estava lenta. Quatro pessoas diferentes ocuparam o cargo de ministro da Saúde na gestão Bolsonaro. Antes de Queiroga, passaram pelo Ministério: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.
*Estagiário com supervisão de Cezar Camilo