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Bolsonaro muda tom e faz discurso ameno no 7 de Setembro

Em Brasília, presidente evita críticas diretas a ministros do STF e defende ações do governo

Imagem da noticia Bolsonaro muda tom e faz discurso ameno no 7 de Setembro
Jair Bolsonaro fala ao microfone em Brasília, após desfile do Exército neste 7 de Setembro (Reprodução/YouTube)
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Em discurso para apoiadores, em Brasília, após o desfile do Exército neste 7 de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu ao Partido dos Trabalhadores (PT) como "o mal", elogiou o próprio governo e disse que, se for reeleito neste ano, ele e seus apoiadores trarão para as "quatro linhas" da Constituição "todos aqueles que ousam ficar fora dela". Conforme o chefe do Executivo federal, "é obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas" da Carta Magna brasileira.

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A crítica de Bolsonaro ao PT foi implícita: "Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal, um mal que perdurou por 14 anos no nosso país, que quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão, o povo está do nosso lado, o povo está lado do bem, o povo sabe o que quer".

De acordo com o presidente, há poucos anos, o Brasil estava próximo do "abismo", num cenário de muita "corrupção e desmando". "Demos uma nova vida a essa Esplanada dos Ministérios, com pessoas competentes, honradas e patriotas. Começamos a mudar o nosso Brasil. Veio uma pandemia, lamentamos as mortes, veio aquela errada política do fique em casa, a economia a gente vê depois", completou, falando de forma enganosa sobre as medidas restritivas adotadas por cidades e estados para conter o avanço do coronavírus.

Bolsonaro começou e encerrou o discurso com um grito de celebração: "iirrruuuuu". Chamou o Brasil de "Terra Prometida" e "pedaço do paraíso", falou ter orgulho de ter nascido no país e disse que seu objetivo e de seus apoiadores é "a liberdade eterna". "Tenham certeza, mais que oxigênio, a nossa liberdade é essencial para a nossa vida. Nenhum país do mundo tem o que nós temos, temos tudo para sermos ainda mais felizes. Pode ter certeza, com a graça de Deus, que me deu uma segunda vida e pela missão também que me deu de comandar o nosso país, nós atingiremos juntos o nosso objetivo. Hoje vocês têm um presidente que acredita em Deus, que respeita os seus policiais e os seus militares, um governo que defende a família e um presidente que deve lealdade ao seu povo", acrescentou.

O chefe do Executivo federal relembrou também o impacto da guerra na Ucrânia no mundo e disse que o Brasil ressurgiu do cenário proporcionado pelo conflito: "Enfrentamos também consequências de uma guerra lá fora, quando parecia que tudo estaria perdido para o mundo, eis que o Brasil ressurge, com uma economia pujante, com uma gasolina das mais baratas do mundo, com um dos programas sociais mais abrangentes do mundo, que é o Auxílio Brasil, com recorde na criação de empregos, com a inflação despencando e com um povo maravilhoso e entendendo aonde o seu país poderá chegar".

Ato com Bolsonaro em Brasília neste 7 de Setembro (Reprodução)
Ato com Bolsonaro em Brasília neste 7 de Setembro | Reprodução

Ainda conforme ele, o país não deseja a liberação das drogas e a legalização do aborto, além do que chamou de "ideologia de gênero". "Um país que defende a vida desde a sua concepção, que respeita as crianças na sala de aula, que respeita a propriedade privada e que combate a corrupção para valer. Isso não é virtude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo".

Em determinando momento, afirmou que "a vontade do povo se fará presente" na data do primeiro turno das eleições deste ano (2 de outubro) e pontuou: Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferentes de nós. Vamos convencê-lo do que é melhor para o nosso Brasil". Na sequência, elogiou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro: "Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. Uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado não, muitas vezes ela está à minha frente. E eu tenho falado para os solteiros que estão cansados de serem infelizes. Procure uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda". Neste momento, beijou Michelle.

Bolsonaro agradeceu a Deus por sua "segunda vida", como se refere ao período após a facada que recebeu na campanha de 2018, e pela "missão" de governar o Brasil, que disse não ser fácil. Além disso, incentivou os presentes a entoarem "imbrochável, imbrochável", em referência a ele próprio, e falou estar "feliz" por ter contribuído a chegar aos apoiadores "a verdade". "Também ter mostrado para vocês que o conhecimento também liberta. Hoje todos sabem quem é o Poder Executivo, hoje todos sabem o que é a Câmara dos Deputados, todos sabem o que é o Senado Federal e todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal".

Quando citou o nome da Corte, os populares apoiadores presentes vaiaram. Mais próximos do final do discurso, Bolsonaro atacou a pesquisa Datafolha, chamando de "mentirosa", e disse que o ato com apoiadores em Brasília é "o nosso DataPovo". "Aqui a verdade, aqui a vontade de um povo honesto, livre e trabalhador", completou. Antes de dar o grito de celebração, recitou, junto com os apoiadores, o lema da campanha de 2018: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". O presidente segue para Copacabana, no Rio de Janeiro, na tarde desta 4ª feira, para participar de um ato semelhante.

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