Oprah é acusada de dificultar evacuação de moradores durante alerta de tsunami; apresentadora se pronuncia
Moradores da costa do Havaí foram orientados a se refugiar em locais altos após terremoto na Rússia causar ondas de tsunami

SBT News
Moradores do Havaí (EUA) recorreram às redes sociais, nesta quarta-feira (30), para acusar a apresentadora Oprah Winfrey de não abrir uma estrada particular que poderia facilitar a evacuação na região. As pessoas precisaram sair após o terremoto de magnitude 8,8, que atingiu a Rússia, provocar alertas de tsunami em diversas partes do mundo.
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A estrada passa dentro da propriedade de Oprah na ilha de Maui. Centenas de publicações na rede social X (antigo Twitter) afirmam que a via privada, que liga o bairro Wailea à região montanhosa Kula, permaneceu fechada mesmo diante do avanço das ondas e dos engarrafamentos registrados.
"Oprah NÃO abriu sua estrada particular […], o que permitiria que os moradores do litoral alcançassem terras mais altas rapidamente", escreveu um usuário. Outro pediu: "Abra a estrada, Oprah".
Imagens compartilhadas por internautas mostram longas filas de carros e o porto da ilha sendo parcialmente esvaziado pela força do mar. Nos posts, internautas apontaram que a estrada particular poderia aliviar o congestionamento e acelerar o processo de evacuação.
Oprah se pronuncia através de porta-voz
Diante da repercussão, um porta-voz de Oprah negou as alegações. Em nota, ele afirmou: "Assim que ouvimos os alertas de tsunami, contatamos as autoridades locais e a FEMA [Agência Federal de Gestão de Emergências] para garantir que a estrada fosse liberada. Quaisquer relatos em contrário são falsos".
Ainda segundo o comunicado, a estrada já está sendo utilizada, com a polícia permitindo a passagem de 50 veículos por vez para garantir a segurança. "A estrada permanecerá aberta pelo tempo que for necessário", concluiu o porta-voz.
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O alerta de tsunami foi disparado após um dos terremotos mais fortes da história recente, ocorrido na noite dessa terça (29) na Península de Kamchatka e com epicentro a cerca de 135 km da costa russa.
A onda de 4,5 metros afetou diversas regiões do Pacífico, e países como Japão, Colômbia e Estados Unidos ordenaram evacuações emergenciais. Nenhum deles notificou mortes até o momento.
No Havaí, ondas de até 1,7 metro atingiram as ilhas antes que o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico reduzisse seu nível de alerta para o Estado por volta das 5h50 (horário de Brasília), dizendo que não era esperado um tsunami de grandes proporções.
Os moradores da costa foram orientados a se refugiar em locais altos ou acima de prédios, e a Guarda Costeira dos EUA ordenou que os navios saíssem dos portos.