Silva e Luna se sente traído e não há sinal de reaproximação de Bolsonaro
Após demissão da Petrobras, general amplia lista de militares ex-aliados do presidente
O mal-estar entre o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o presidente demitido da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, não dá sinais de se dissipar. Os dois lados não querem reaproximação. Havia expectativa de que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pudesse intermediar um encontro, na vinda do general a Brasília, nesta terça-feira (29.mar), para participar de um evento no Superior Tribunal Militar (STM). Mas a conversa não ocorreu.
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Interlocutores de Silva e Luna afirmam que ele se sentiu traído pelo presidente da República. Silva e Luna aceitou sair da presidência de Itaipu Binacional, no ano passado, para assumir a Petrobras num momento que os combustíveis já estavam enfrentando uma escalada de preços e que Bolsonaro sofria pressão dos caminhoneiros.
Agora, ele aumenta a lista dos militares que eram aliados e assumiram missões no Governo, mas se afastam e não voltaram a ter relação próxima com o presidente da República.
A participação de Silva e Luna no evento do Superior Tribunal Militar já estava prevista antes de Bolsonaro decidir trocar o comando da estatal. O presidente da Petrobras aceitou palestrar no evento a pedido do presidente da República.
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E mesmo em meio ao mal estar fez um "bate-volta" entre o Rio de Janeiro e a capital federal para não deixar os militares com o evento esvaziado. A vinda à capital federal não teve nem mesmo um convite de almoço por parte do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que foi quem informou na segunda-feira que Silva e Luna não irá seguir no cargo.
