PF diz que há indícios de "atuação direta" de Bolsonaro em vazamento
Relatório foi encaminhado ao STF em novembro e se tornou público nesta 6ª feira (28.jan)
Documento da Polícia Federal aponta que houve "atuação direta" do presidente Jair Bolsonaro (PL) no vazamento de dados sigilosos no âmbito do inquérito que investiga ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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"Os elementos colhidos apontam também para a atuação direta, voluntária e consciente de Filipe Barros Baptista De Toledo Ribeiro e de Jair Messias Bolsonaro na prática do crime previsto no artigo 325, §2°, c/c 327, §2°, do Código Penal brasileiro, considerando que, na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências", diz o relatório.
O documento é de novembro de 2021, mas foi divulgado nesta 6ª após a publicação de todo o inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo o relatório, houve atuação "voluntária" e "consciente" do presidente na divulgação das informações sigilosas. Bolsonaro foi convocado a depor nesta 6ª feira (28.jan) na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, mas não compareceu.
A AGU nega o vazamento dos documentos e defende que os arquivos não estavam sob sigilo no momento da live. O órgão também diz que Bolsonaro tem o direito de não comparecer ao depoimento. O recurso ainda não foi publicado no sistema do STF.
Bolsonaro é acusado de ter vazado documentos sigilosos do inquérito que investiga um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A publicação dos documentos ocorreu em uma live presidencial em agosto de 2021.