Saúde adia por 7 dias exigência de quarentena para não vacinados
Decisão ocorre após invasão hacker ao sistema do ministério, que impediu acesso a cartão de vacinação
O Ministério da Saúde anunciou, nesta 6ª feira (10.dez), que vai adiar por sete dias o início da cobrança do comprovante de vacinação para entrada em território brasileiro. Por decisão da pasta, visitantes não vacinados precisarão cumprir uma quarentena de cinco dias antes de entrar no país. A medida começaria a valer neste sábado (11.dez), mas foi adiada após os sistemas do ministério sofrerem um ataque hacker.
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Em entrevista coletiva, Rodrigo Moreira da Cruz, secretário-executivo do ministério, prestou esclarecimentos sobre o ataque e sugeriu alternativas ao comprovante de vacinação disponível no aplicativo ConecteSUS -- que ficou indisponível após a invasão. Entre elas, estão o uso do cartão físico, da segunda via do cartão e o acesso a sistemas próprios de estados e municípios.
De acordo com o governo, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) se colocou à disposição para comunicar todos os países que receberão voos do Brasil, nos próximos dias, sobre o problema para a emissão do certificado digital e sugerir a aceitação do cartão físico. O ataque hacker afetou não só o sistema para emissão do comprovante digital, mas também o que regula as filas de cirurgias, o de transplante e os internos da ministério que são usados para trâmites de documentos. Porém, nesses outros casos, foram prontamente restabelecidos.
Em relação ao que permanece fora do ar, afirmou o secretário-executivo da pasta, a equipe desta e a empresa que presta serviços de tecnologia da informação para ela estão "trabalhando intensamente para conseguir restabelecer isso da forma mais rápida possível". O adiamento de sete dias para o início da obrigatoridade do cumprimento de quarentena de cinco dias foi decicido, em suas palavras, "em prol da segurança". "Eventualmente existe algum brasileiro que está no exterior e não baixou esse sistema. Então, num primeiro momento entendeu-se interessante postergar por sete dias. A gente não sabe quanto tempo levará para que as bases fiquem disponíveis para consulta com todos os sistemas restabelecidos", completou.
Ainda de acordo com o Rodrigo da Cruz, o governo entende que "essa uma semana não vai gerar uma alteração muito significativa no quadro epidemiológico". O Executvo ainda não sabe dizer se houve ou não perda de dados com o ataque na madrugada. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
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